A IA acelera a criação de novos empregos, mas a falta de perfis qualificados obriga empresas e profissionais a redobrar os esforços em formação específica.

O Fórum Económico Mundial estima que a inteligência artificial irá gerar até 3,24 milhões de novos empregos na próxima década. A estimativa, incluída no seu Relatório sobre o Futuro do Emprego 2023, coloca a IA como um dos motores de crescimento do emprego mais relevantes à escala global, com um impacto transversal em praticamente todos os setores produtivos.

A escassez de perfis qualificados faz com que metade das vagas em IA fiquem por preencher, um vazio que se explica pelo facto de apenas 30% das empresas oferecerem formação específica nesta tecnologia, apesar de oito em cada dez reconhecerem que dominá-la melhoraria a sua competitividade.

O ritmo da inovação não para. Fernando Benito Hernández, professor do Mestrado em Inteligência Artificial da Tokio School, admite: “A IA avançará para sistemas mais autónomos, multimodais e adaptativos. O seu impacto será maior do que o que teve com o lançamento dos assistentes e haverá uma luta para chegar a uma IA geral (AGI), uma IA que realmente saiba raciocinar como um ser humano.

A procura por especialistas crescerá em setores como saúde, finanças, automotivo e manufatura, onde a automatização de tarefas repetitivas (incluindo funções administrativas e de recursos humanos) liberará tempo para atividades estratégicas. Ao mesmo tempo, a necessidade de modelos interpretáveis para utilizadores sem formação técnica e os debates sobre regulamentação e ética da IA abrirão oportunidades nas áreas jurídica e regulatória.

Neste contexto, a formação especializada torna-se uma prioridade. A formação especializada, como o novo mestrado da Tokyo School, surge como uma forma de colmatar a lacuna de talentos. O programa reúne os fundamentos técnicos e práticos exigidos pelas empresas e ilustra a resposta do setor educativo privado a um mercado de trabalho que já não pode esperar.