Manuel Cavaco “morreu na praia” ao não conseguir o passaporte para a final do Big Brother 2025. Apesar de tudo, em exclusivo à TV 7 Dias, o ex-concorrente mostra-se satisfeito com a sua prestação. “Queria muito chegar à final, era um objetivo, mas sinto que chegar ao top 7 é muito gratificante. Sinto que mostrei mesmo quem é que eu sou por muito que me chamem planta, consegui lá chegar por mérito meu, portanto estou muito orgulhoso de tudo”, começa por revelar.

O jovem confessa que, apesar de estar orgulhoso do seu percurso, não consegue ficar 100% indiferente às críticas que lhe são feitas. “Eu ligo muito ao que as pessoas dizem. Eu sabia que podia ser muito bom ou muito mau. Sempre disse que se corresse bem, se calhar eu alimentava, mas se eu visse que me traria mais coisas negativas, seria algo que largaria”, assume, acrescentando: “Agora vou tentar não me deixar absorver por isto, porque honestamente são publicações, são sites e eu não quero mesmo entrar nesta onda, prefiro lidar muito mais com as coisas positivas que isto me tiver para trazer”.

Durante a sua estadia no Big Brother, Manuel Cavaco teve a oportunidade de partilhar a sua Curva da Vida e recordou um dos períodos mais difíceis da sua vida, nomeadamente quando deu um beijo na boca a um rapaz que resultou numa série de insultos. “Na altura tinha 10 anos, não sei se gostava de meninos ou de meninas, eu nem sabia o que era gostar de alguém e o facto de isso ser usado como um insulto para as outras crianças, o ser gay, o ser maricas, o ser panelei**, o facto disso ser um insulto e dar uma conotação negativa à palavra faz com que qualquer criança cresça a achar que aquilo é um defeito e que há algo errado. Foi preciso crescer e conseguir ter acompanhamento psicológico que me ajudou muito.”

Esse período foi marcado ainda por inúmeros episódios de bullying. “Foi uma coisa muito constante. A minha maneira de falar, o meu gesticular com as mãos, o facto de me dar mais com raparigas do que rapazes fazia com que houvesse muita gente que gozava comigo, que se ria de mim, que me imitava. Eu tive auxiliares a rirem-se de mim, da minha mão”, recorda. Estudante de Medicina, está no quarto ano do curso e o próximo objetivo é “acabar o curso e começar a exercer mais rápido possível”, garante.

Texto: Sofia Pinto (sofia.pinto@worldimpalanet.com); Fotos: Divulgação TVI