
O candidato presidencial Luís Marques Mendes, o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes e o cardeal Américo Aguiar são alguns dos convidados das jornadas parlamentares conjuntas de PSD e CDS-PP, na segunda e terça-feira em Évora.
As jornadas, que decorrem sob o lema “Transformar Portugal”, realizam-se na semana do último debate parlamentar com o primeiro-ministro, sobre “o estado da nação”, e serão encerradas na terça-feira pelo também líder do PSD, Luís Montenegro.
Na abertura, está prevista uma mensagem do presidente do CDS-PP, Nuno Melo, e intervenções dos líderes parlamentares dos dois partidos que compuseram a coligação pré-eleitoral AD: o social-democrata Hugo Soares e o democrata-cristão Paulo Núncio.
Ainda antes da sessão formal de abertura, os deputados realizam duas visitas na segunda-feira de manhã: à Associação Évora 2027 – Capital Europeia da Cultura e ao futuro Hospital Central do Alentejo, com data prevista de conclusão das obras para final de 2026 ou início de 2027.
Depois da sessão de abertura, discursará o bispo de Setúbal, cardeal Américo Aguiar, numa intervenção com o tema “Portugal não deixa ninguém para trás”.
O último painel da tarde, sob o lema “Portugal que faz”, terá como oradores o presidente do Banco de Fomento, Gonçalo José Regalado, a nova presidente da AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo), Madalena Oliveira e Silva, e o presidente do Sistema de Depósito e Reembolso de Portugal, Leonardo Mathias.
À noite, o convidado do jantar será o candidato a Presidente da República Luís Marques Mendes, que conta com o apoio já votado do PSD para as presidenciais de janeiro do próximo ano, numa matéria sobre a qual o CDS-PP ainda não tomou posição.
No segundo e último dia das jornadas, o painel será sobre “O Poder Local e a Reforma do Estado”, tendo como oradores o antigo primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, atual presidente da Câmara Municipal da Figueira da Foz e recandidato independente com o apoio do PSD, e Pedro Duarte, ex-ministro dos Assuntos Parlamentares do primeiro executivo PSD/CDS-PP de Luís Montenegro e candidato à Câmara Municipal do Porto.
As jornadas parlamentares terminam pela hora de almoço com intervenções dos líderes parlamentares de PSD e CDS-PP e do presidente do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O debate sobre o “estado da ação”, a última discussão política com a participação do primeiro-ministro, Luís Montenegro, antes da interrupção dos trabalhos parlamentares para as férias do verão, está marcado para 17 de julho.
Estas são as primeiras jornadas parlamentares do PSD desde o arranque da XVII legislatura e após as eleições de 18 de maio, que a AD venceu.
As anteriores jornadas, conjuntas com o CDS-PP, realizaram-se entre 30 de setembro e 01 de outubro, centradas no Orçamento do Estado para 2025 e contaram com intervenções de quase todos os ministros do XXIV Governo Constitucional, além do primeiro-ministro, Luís Montenegro.
O Orçamento acabaria por ser aprovado com a abstenção do PS mas o primeiro Governo de Luís Montenegro caiu a 11 de março, menos de um ano depois de tomar posse, na sequência da rejeição de uma moção de confiança que apresentou ao parlamento, durante uma crise política que surgiu por causa de uma empresa familiar do primeiro-ministro, a Spinumviva, entretanto transmitida aos filhos.
Nas legislativas antecipadas de 18 de maio, a coligação AD (PSD/CDS-PP) voltou a vencer sem maioria absoluta, elegendo 91 deputados em 230 (mais 11 do que há um ano), dos quais 89 são do PSD e dois do CDS-PP.
O Chega passou a ser a segunda maior força parlamentar, com 60 deputados, seguindo-se o PS, com 58, a IL, com nove, o Livre, com seis, o PCP, com três, e BE, PAN e JPP, com um cada.