A canção “Espresso Macchiato” tornou-se num fenómeno à escala europeia e catapultou Tommy Cash para o centro das atenções do mundo da música e das redes sociais. Com uma letra recheada de referências à cultura italiana — de “mafia” a “spaghetti”, passando por um “mi amore” repleto de ironia —, o artista estoniano brinca com estereótipos num estilo electro-pop irreverente e altamente coreografado.

O desempenho de Tommy Cash na final da Eurovisão 2025, realizada em Basileia, Suíça, ficou marcada pela estética minimalista e excentricidade criativa, com coreografias surreais e referências visuais à ‘pop’ art. A Estónia alcançou com “Espresso Macchiato” o terceiro lugar da competição, com um total de 356 pontos — o melhor resultado do país desde 2002.

Apesar do sucesso, a música não escapou à polémica. Em Itália, várias associações culturais e políticas solicitaram a desqualificação da canção, acusando-a de promover estereótipos ofensivos. Tommy Cash respondeu com ironia, afirmando que muitos italianos o elogiaram e chegaram mesmo a apelidá-lo “lenda”.

Lançado em março de 2025, o videoclipe oficial apresenta o cantor a dançar com o seu duplo, sendo no final “engolidos” por um copo de papel — uma metáfora visual que explora a cultura do consumo e o absurdo contemporâneo.

Nas redes sociais, o impacto foi imediato. Milhares de utilizadores reproduzem a coreografia, desde tiktokers a atletas profissionais. O ciclista esloveno Tadej Pogačar, por exemplo, publicou um vídeo onde imita a dança durante os treinos na Sierra Nevada, tornando-se viral em poucos minutos.

Face ao sucesso estrondoso, Tommy Cash já anunciou dois concertos em Espanha como parte da sua digressão europeia. O artista atua em Barcelona, no dia 26 de novembro, e em Madrid, a 27. Os bilhetes ficam disponíveis a partir de 23 de maio no site oficial da promotora Last Tour.

A febre “Espresso Macchiato” promete não ficar por aqui. Em Portugal, a canção já começa a ganhar adeptos, e não é de descartar que o artista inclua o país na sua digressão. Enquanto isso, os fãs podem continuar a dançar ao som da música mais irónica, visualmente provocadora e viciante do ano.