
A região do Baixo Alentejo será Cidade Europeia do Vinho em 2026, numa parceira dos 13 municípios, com a Comunidade Intermunicipal (CIMBAL) e a Entidade Regional de Turismo (ERT) do Alentejo.
Em declarações a’ODigital.pt, José Santos, presidente da ERT, destacou que a distinção «enche-nos de orgulho e de satisfação» e que foi o culminar de um «trabalho de equipa»: «Trabalhámos arduamente durante um ano para ganhar».
Revelou que «temos praticamente tudo estruturado, daquilo que vai ser o plano de ações», num projeto que teve a participação «dos produtores dos 13 municípios do Baixo Alentejo, de muitos conselheiros e de muitos especialistas das várias áreas», como é o exemplo de Buba Espinho e de Jorge Serafim.
O presidente vincou que a região precisava de «um grande evento no Baixo Alentejo em 2026», antes de Évora ser Capital Europeia da Cultura em 2027, e que quando foi feita a proposta à CIMBAL «foi com esse intuito».
«Um grande evento que também catapultasse e que promovesse, do ponto de vista europeu e internacional, a região», acrescentou José Santos, dizendo ainda que «tem já uma qualidade nos vinhos e no enoturismo, no alojamento, na animação turística e precisamos agora de promover e divulgar toda essa capacidade».
Agora resta «para um bocadinho e celebrar» para depois «começarmos já a prepara a Cidade Europeia do Vinho», uma vez que «o tempo que falta até 2026 é praticamente nenhum», num ano de atividades que vão assentar em «seis eixos de programação».
«Temos os eventos obrigatórios, temos os eventos âncora em cada um dos eixos. Temos eventos muito ambiciosos que temos que agora procurar concretizar», frisou.
Assim, o presidente da ERT enfatizou que espera que esta iniciativa «sirva para desenvolver ainda mais todo o cluster ligado ao vinho» e que deve «ser um motivo de melhoria da autoestima de todos os baixo alentejanos e de todos os alentejanos em geral».
Para quem visitar a região, José Santos realçou que podem «encontrar aquilo que já existe», ou seja, «muita identidade e muita genuinidade», o que crê ser «aquilo que faz muito o Alentejo e o Baixo Alentejo serem uma região tão especial».
Há, desta forma, «uma dimensão ligada à sustentabilidade», mas também «excelentes alojamentos, eventos que têm qualidade e que nós acreditamos que podem melhorar muito».
«Podem encontrar hospitalidade, evasão, alguma espiritualidade, algum contexto de autorreflexão, sempre com um copo de vinho por perto», adicionou, referindo também que «o Baixo Alentejo tem essa capacidade de mostrar um conjunto de aspetos singulares com a influência do vinho da talha e do Cante».
Já os populares «devem estar muito orgulhosas», porque «esta vitória deve-se essencialmente a quem trabalha», numa região que «tem feito um trajeto incrível».
«O nosso trabalho foi pôr em notoriedade e em equação essa riqueza, essa diversidade e essa qualidade», atirou o presidente, concluindo que «conseguimos pegar em tudo isso e mostrá-la aos associados da Associação dos Municípios Portugueses do Vinho (AMPV), que felizmente perceberam a mensagem».