Angola possui um parque de cerca de 20 hotéis disponíveis para compra ou gestão no âmbito do Programa de Privatizações e pretende relançar o turismo, segundo o ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massa.

O governante apresentou estes dados ao Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, e sua delegação, no jantar com a classe empresarial angolana, realizado recentemente, no quadro da visita de dois dias que realiza a Angola.

José de Lima Massano disse que executivo angolano está empenhado em criar condições favoráveis à internacionalização das empresas nacionais, ao mesmo tempo que acolhe com grande interesse os investimentos e iniciativas empresariais provenientes de Moçambique.

“Queremos, por isso, incentivar os nossos sectores privados a conhecerem-se melhor, a explorarem oportunidades complementares, a estabelecerem parcerias e a investirem em áreas de interesse mútuo”, acrescentou.

Para projectos agrícolas de grande dimensão, o ministro de Estado deu a conhecer que está reservado cerca de dois milhões de hectares de terra, e a ser a realizado importantes investimentos nas infra-estruturas de suporte ao desenvolvimento económico e social.

Para transmitir a dinâmica de transformação que está a ocorrer na economia angolana e o potencial de cooperação e de investimento que se está a gerar, José de Lima Massano informou que o Governo de Angola está a implementar um conjunto de reformas estruturais que visam conferir maior resiliência a economia nacional, para impulsionar o seu potencial de desenvolvimento sustentável e inclusivo.

“Estamos a diversificar a economia, sem qualquer desprimor da importância que atribuímos ao importante sector de óleo e gás, que individualmente tem o maior peso no PIB e é gerador de 95 por cento das receitas de exportação”, referiu.

Mas no global, esclareceu, o percurso de políticas económicas que vêm sendo implementadas, permitiu que em 2024 Angola registasse um crescimento de 4,3 por cento do PIB, o nível mais acentuado dos últimos 10 anos.

No mesmo ano, o sector não petrolífero cresceu cerca de 5 por cento e o sector agropecuário atingiu o nível mais elevado na estrutura do PIB. Estima-se que se tenha situado em torno de 22 por cento, representando um crescimento de nove por cento desde 2015, em que peso era apenas de 13,7 por cento.

Sobre a indústria transformadora, foi dito que o sector alimentar e de bebidas representa 45 por cento, enquanto na estrutura do PIB o sector transformador não mineral representa cerca de 8 por cento.

Para o ministro de Estado, a cooperação entre Angola e Moçambique deve assentar numa agenda de resultados concretos, orientada para a dinamização dos investimentos, estímulo às trocas comerciais e para a promoção de cadeias de valor regionais.

“Angola e Moçambique, como países irmãos, têm a responsabilidade de partilhar e posicionar os seus sectores produtivos e empresariais para tirar pleno proveito das oportunidades de criação de bem-estar social para os seus povos”, reforçou Massano, citado numa nota publicada na página da rede social Facebook do Governo de Angola.