
Apesar de ter feito o melhor resultado de sempre em Roland Garros, ao apurar-se para a 3.ª ronda pela primeira vez, Nuno Borges não escondeu a desilusão com o nível que apresentou diante Alexei Popyrin, com quem perdeu em três sets (6-4; 7-6 [11] e 7-6 [5]).
«Fiz muitos erros não forçados, com bolas em que tomei a decisão errada e executei mal. Estive dois sets sem conseguir responder ao serviço dele. É patético, a este nível, não pode acontecer. Mesmo assim, estive perto, mas senti que agora no fim, fisicamente, estava melhor do que ele, só que não consegui jogar bem, não consegui mesmo executar nada», lamentou, em conferência de imprensa.
Apesar de ter equilibrado bastante os parciais, levando dois dos sets até ao tie-break, o número 1 nacional perdeu o jogo no serviço do australiano, que além de 13 ases, ganhou 80 por cento dos pontos em que colocou o primeiro serviço.
Nesse sentido, e apesar de se ter tornado no primeiro português a chegar à terceira ronda na catedral da terra batida – Henrique Rocha igualou o feito um dia depois -, e de ter sido também o primeiro luso a ganhar a um top-10 do ranking ATP num torneio de Grand Slam, o discurso de Nuno Borges transmitiu apenas... desilusão.
«Não me alimento dessas coisas. Foi história para Portugal e acho ótimo, mas a verdade é que estou tão focado no meu caminho, que ia tentar ganhar este jogo e nada mais importava. Não consegui, agora estou frustrado e desapontado, porque também não consegui fazer um bom jogo e, se tivesse jogado bem contra o Casper [Ruud] e tivesse perdido [na ronda anterior], se calhar saía daqui melhor do que com uma terceira ronda», garantiu.