
Beto – que voltou a brilhar, aos 43 anos, no torneio Play 4 Children, que juntou Sporting, Benfica e FC Porto num torneio de veteranos, em futebol de sete, por uma causa solidária, foi formado nos leões mas representou dois rivais como o FC Porto e o SC Braga. Conhecedor do ambiente entre rivais, lamentou as incidências da final da Taça e toda a polémica que se seguiu.
«Vivi muitos anos em muitos países diferentes e isto não é uma imagem que queiramos dar lá para fora, a imagem de um futebol em que não se fala de futebol, em só se fala de polémicas, treinadores, diretores desportivos, presidentes, lances e polémicas. Tem de se falar do futebol, do que se passa dentro do campo, temos de reeducar-nos e reeducar toda a gente, inclusive a comunicação social, tentarmos criar uma onda mais positiva à volta do futebol português», sugeriu.
O guarda-redes aludiu à denúncia de ameaças feitas ao VAR do último dérbi, Tiago Martins, e ao jogador que protagonizou o lance mais badalado de toda a partida, o sportinguista Matheus Reis, lembrando que passou por situação idêntica.
«Bem, eu joguei na Turquia e lá também acaba por se viver episódios que não são conformes ao futebol. De resto, a questão das ameaças eu próprio vivi-as e senti-as na pele em 2014, quando venci a Europa League, frente ao Benfica. Também vivi ameaças de morte, à minha mãe, ao meu filho… se isto é positivo? Não é. Se é aceitável? Obviamente que não é e é isto que temos de tentar banir do futebol», afirmou, com clareza.