
O Pentágono, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos, confirmou que vai enviar mais armamento para a Ucrânia, horas depois do Presidente Donald Trump ter mencionado a reversão da suspensão da entrega de armas.
"Sob a orientação do Presidente Trump, o Departamento de Defesa está a enviar armas defensivas adicionais para a Ucrânia", disse o porta-voz do Pentágono.
O objetivo é "garantir que os ucranianos se podem defender enquanto trabalhamos para garantir uma paz duradoura e garantir o fim da matança", acrescentou Sean Parnell.
Parnell sublinhou que as diretrizes "para que o Presidente dos EUA avalie as remessas militares em todo o mundo continua em vigor" e é parte integrante das "prioridades de defesa 'América em Primeiro'".
Horas antes, Trump anunciou que o país vai enviar mais "armas defensivas" para a Ucrânia, uma semana depois de a Casa Branca ter suspendido a entrega de armamento a Kiev.
"Teremos de enviar mais armas, principalmente armas defensivas", disse na segunda-feira Trump, manifestando insatisfação" com o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
"Estão a ser atingidos com muita, muita força", acrescentou o republicano, referindo-se à Ucrânia.
Trump acusa Biden de "esvaziar todo o país dando armas" à Ucrânia
Em 2 de julho, o secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, suspendeu a entrega de armamento à Ucrânia, alegando preocupações com as reservas dos EUA.
Os fornecimentos suspensos incluem intercetores para os sistemas de defesa aérea Patriot, projéteis de artilharia guiados com precisão e mísseis que a força aérea ucraniana dispara a partir de aviões F-16 fabricados nos Estados Unidos.
A suspensão do envio de ajuda militar à Ucrânia foi uma medida unilateral do secretário da Defesa, Pete Hegseth, de acordo com três conselheiros do Congresso e um antigo funcionário norte-americano ligado ao processo, citados na sexta-feira pela emissora NBC News.
Após o anúncio, Trump defendeu a suspensão como necessária e acusou o ex-presidente Joe Biden de "esvaziar todo o país dando armas [à Ucrânia]".
Durante o mandato de Biden, Washington prometeu fornecer mais de 65 mil milhões de dólares (55 mil milhões de euros) em ajuda militar à Ucrânia.
Donald Trump não anunciou qualquer nova ajuda a Kiev desde janeiro.
É a terceira vez que Hegseth, por conta própria, interrompe os envios de ajuda para a Ucrânia, acrescentaram as fontes.
Nos dois casos anteriores, em fevereiro e maio, as suas ações foram revertidas dias depois.
De acordo com a NBC News, a medida surpreendeu o Departamento de Estado, a Ucrânia, os aliados europeus e os membros do Congresso, que exigiram uma explicação por parte do Pentágono.
Uma análise feita por oficiais militares de alta patente concluiu que o pacote de ajuda não comprometeria o próprio fornecimento de munições das Forças Armadas norte-americanas, de acordo com três responsáveis norte-americanos citados pela emissora.