Menos de 24 horas depois de ter sido indigitado primeiro-ministro do XXV Governo pelo Presidente da República, o primeiro-ministro já está a preparar o elenco governativo. E se alguns ministros devem continuar, a dúvida reside naqueles que estarão de saída.

Na próxima semana, segundo as previsões do Presidente da República, todas as dúvidas serão esclarecidas: a tomada de posse do novo Governo será "para a semana, em princípio", admitiu. De acordo com o que a SIC apurou, a próxima sexta-feira, 6 de junho, é o dia que está na agenda do Chefe de Estado.

Ao que a SIC apurou também, junto de fonte próxima do Governo, Luís Montenegro ainda não endereçou convites, mas deverá começar a fazê-lo este fim de semana ou, o mais tardar, no início da próxima semana.

Quanto a manutenções, saídas e entradas, a SIC sabe que as áreas económico-financeiras têm avaliação positiva reconhecida pelo chefe do Governo, pelo que, os respetivos ministros - Joaquim Miranda Sarmento e Pedro Reis - poderão ficar.

O mesmo se prevê em pastas como Segurança Social, Infraestruturas, Coesão, Ambiente e Energia, e Agricultura que são, recorde-se, tuteladas por Maria do Rosário Palma Ramallho, Miguel Pinto Luz, Castro Almeida, Maria da Graça Carvalho, e José Manuel Fernandes, respetivamente.

A grande questão é saber se os ministros mais contestados do anterior Executivo vão continuar ou se estão de saída. É o caso da Administração Interna, Margarida Blasco, da Saúde, com Ana Paula Martins, e da Cultura, que era liderada por Dalila Rodrigues.

Certa já é a saída de Pedro Duarte. O anterior ministro dos Assuntos Parlamentares é agora candidato à Câmara Municipal do Porto e fica, por isso, fora do executivo.

O nome de Hugo Soares tem corrido como possível substituto para a pasta, mas a SIC sabe que não é essa a intenção de Montenegro. O braço direito do líder do Governo deve manter-se como líder da bancada parlamentar e Teresa Morais ganha espaço na corrida ao lugar.

Montenegro deixa recados

Até à formlização dos convites, o primeiro-ministro vai deixando recados: "Aqueles que vierem a ser escolhidos e nomeados para exercício de funções governativas receberão uma orientação imediata para não perdermos tempo com lateralidades, com debates estéreis, com politiquices".

Dar prioridade às prioridades - como não é, estabeleceu o primeiro-ministro, a revisão constitucional. Mas isso não significa que, "mais para a frente", Luís Montenegro não venha a pegar no assunto.

"Temos tempo, lá mais para a frente, depois de resolver aquilo que é prioritário, de olhar para isso", declarou. "Esse assunto está arrumado até haver uma altura considerada adequada."

A porta à revisão da Constituição não está, portanto, assim tão fechada. Pode ainda pode acontecer nesta legislatura.

[Notícia atualizada às 20h00]