
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou hoje que delineou a posição de Vladimir Putin sobre a resolução do conflito na Ucrânia, durante uma reunião na quinta-feira com seu homólogo americano, Marco Rubio.
"Discutimos a Ucrânia", disse também o ministro das Relações Exteriores da Rússia que falava à imprensa russa à margem de uma reunião da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) em Kuala Lumpur, na Malásia.
Sergei Lavrov disse que na conversa confirmou a posição que o presidente russo, particularmente durante a conversa de Putin com o presidente americano Trump a 03 de julho.
Os presidentes russo, Vladimir Putin, e norte-americano, Donald Trump, falaram ao telefone a 03 de julho, mas foi noticiado que a chamada não surtiu em qualquer avanço na questão da guerra da Rússia contra a Ucrânia.
Nessa ocasião, Trump disse que estava infeliz por não terem sido feitos progressos nas conversações de paz na Ucrânia durante a conversa telefónica com Putin.
"Tivemos uma conversa telefónica. Foi bastante longa e falámos sobre muitas questões, incluindo o Irão. Também falámos sobre a guerra com a Ucrânia e não estou satisfeito com isso, não estou satisfeito com isso", disse Trump aos jornalistas.
Quando os jornalistas insistiram, Trump acrescentou: "Não, não fizemos qualquer progresso".
O Kremlin anunciou nessa data que Trump tinha pedido a Putin o fim das hostilidades na Ucrânia, mas o líder russo respondeu que não se desviaria dos seus objetivos.
A conversa telefónica, que terá durado quase uma hora, ocorreu pouco depois de Washington ter decidido suspender algumas remessas de armas para a Ucrânia, na sequência de uma revisão das despesas militares dos Estados Unidos.
O anterior telefonema entre os dois líderes, que já tiveram pelo menos seis este ano, ocorreu em 14 de junho, coincidindo com o 79.º aniversário do Presidente dos Estados Unidos.
A Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022, dando início a uma guerra sem fim à vista e que já causou dezenas de milhares de vítimas civis e militares de ambos os lados, segundo várias fontes.
Ao lançar a invasão, Putin disse que visava "desmilitarizar e desnazificar" o país vizinho.
Nas conversações já realizadas, a Rússia exige que a Ucrânia não adira à NATO e que reconheça a soberania russa nas regiões ucranianas de Donetsk, Lugansk, Zaporijia e Kherson, anexadas em 2022, e na Crimeia, que conquistou em 2014.