
Uma juíza norte-americana decidiu esta quinta-feira impedir temporariamente a decisão do Governo do Presidente Donald Trump de proibir a Universidade de Harvard de inscrever estudantes estrangeiros.
A juíza Allison Burroughs, do estado de Massachusetts, onde Harvard está localizada, indicou também durante uma audiência que iria conceder "certas proteções aos estudantes internacionais" naquele estabelecimento de ensino superior.
Na passada semana, o Governo de Trump decidiu retirar a Harvard a sua certificação SEVIS (Student and Exchange Visitor), o principal sistema através do qual os estudantes estrangeiros são autorizados a estudar nos Estados Unidos (EUA).
De acordo com informações disponíveis na página 'online' da universidade norte-americana, que está classificada entre as melhores do mundo e já produziu 162 prémios Nobel, a instituição recebe este ano cerca de 6.700 "estudantes internacionais", o que representa 27% do total dos seus alunos.
A universidade contestou esta medida em tribunal.
Na passada sexta-feira, Burroughs aceitou uma providência cautelar até que fosse realizada uma audiência, marcada para esta quinta-feira, dia igualmente marcado pela cerimónia de graduação.
Contudo, esta quinta-feira, durante esta audição, a juíza indicou que iria de facto bloquear, por um período ainda não especificado, a medida do Governo norte-americano que causou consternação entre os estudantes e nos círculos do ensino superior nos Estados Unidos.
O presidente de Harvard, Alan Garber, recebeu um aplauso estrondoso quando, hoje, mencionou no seu discurso de formatura a presença de estudantes internacionais com as suas famílias "como é apropriado", sem abordar diretamente a batalha legal com o Governo de Trump.