Para muitos portugueses, viver na cidade é já uma miragem. Desde 2017, Lisboa perdeu 30 mil eleitores para concelhos periféricos, alterando a demografia.
Reparem na cara dos alunos, a descoberta que se desenha nos seus olhos, a informalidade de estarem ali sentados no chão com os monitores a falar-lhes deste quadro.
Da mesma forma que a classe política piorou, também o que hoje muitas vezes se apresenta como liberalismo é apenas uma réplica mal feita da ideia original.
Um ramo de flores abandonado, mesmo sendo secas as flores, é uma visão que evoca ruturas, é o testemunho de uma vontade de partilhar afetos que foi interrompida.
Os postigos são o paraíso dos voyeurs, nem sei como é que Alfred Hitchcock não os usou em nenhum filme, eles são as janelas indiscretas sobre a vida dos outros.
Um dia destes começam a surgir nas feiras de velharias, em ornamentais medalhões, as credenciais oficiais de políticos deixados cair pelos partidos respetivos.
Queixamo-nos muito da falta de limpeza das ruas, mas uma parte da responsabilidade é das pessoas, que não hesitam em deixar no chão o que calha e que fazem o que lhes apetece sem pensar nos outros.
Publicado há 96 anos, o Borda D'Água tem todo o tipo de informação útil para o ano. Infelizmente, ainda não me consegue dizer o que se passará na política.
Aqui se estreia uma espécie de diário, com periodicidade semanal, em que Manuel Falcão deixa reflexões e desabafos. Acompanhe estes "Pensamentos Ociosos", sempre à sexta-feira, no SAPO.
Com o novo Governo finalmente a ser nomeado esta semana, e enquanto andam nos bastidores listas de nomes para o elenco, vale a pena olhar para a área da Cultura. O problema essencial não é saber o nome que vai ser indicado, mas sim perceber qual o peso político efectivo da pessoa que fôr designada p