Empreendedora e storyteller. Jornalista de formação, é defensora de um olhar positivo sobre a vida que tanto tem caído em desuso nos últimos tempos. Criou a HAVE A NICE DAY, editora especializada em sustentabilidade, cidadania, empreendedorismo social, saúde e bem-estar, storytelling e memória empresarial. A sua missão como produtora de conteúdos e organizadora de eventos é dar voz a pessoas e projectos que travam uma luta sistemática contra a indiferença e, no seu dia-a-dia, dão o exemplo. O seu lema de vida? A verdadeira magia da existência é sermos úteis a uma pessoa que seja.
Se é apreciador de salmão, despeça-se da iguaria. É um peixe rico em ómega 3 e faz bem à saúde, mas prejudica o ambiente. Pelo menos se for capturado nas águas da Noruega, enviado para a China para ser processado e só depois regressar à Europa, onde é vendido num supermercado como peixe fresco.
Não quero parecer catastrofista, mas temo que tenhamos chegado a um ponto de não retorno. Sinto as pessoas muito acomodadas no que diz respeito às questões da sustentabilidade desta Terra onde habitamos. Os governos teriam de tomar medidas radicais para que algo de significativo mudasse – e sabem di
Estamos perante uma crise ambiental global em descontrolo compulsivo, que degrada os oceanos, a biodiversidade, as florestas, os recursos em geral – todo o rol de consequências provocadas pelo impacto das alterações climáticas, mais do que sabidas, discutidas até à náusea. Mas o que está em causa é
Não há dúvida que a expressão “design” superou a definição original, ligada a peças únicas de decoração ou moda, apenas acessível às elites, e abrange agora um espaço amplo. Hoje, o design é uma disciplina cada vez mais democrática e isso é uma boa notícia.
Hoje, a realidade é esta: estamos aptos a produzir mais e melhor, o mundo tem uma capacidade científica e tecnológica nunca antes vista e dispomos de mais recursos do que em qualquer outra época da história. Mas isso faz de nós pessoas mais felizes? Não sei.
Não dá para acreditar na quantidade de beleza extraordinária e quase despropositada com que a natureza nos brinda através das suas árvores mais diversas. Olhar para elas é sentir que merecemos alguma coisa de belo. Ao longo da vida aprendi a amá-las quase como se fossem pessoas. Umas com aspecto poé
Para grande parte das pessoas, o Natal pertence à família. Confeccionamos receitas antigas, juntamo-nos à volta de uma mesa farta, conversamos, trocamos presentes, enquanto vemos pela janela o Inverno áspero a despontar lá fora. Este é o lado mágico. O outro lado, mais realista, é o de que os valore
Vivemos momentos muito duros, de enorme pressão sobre o imediato e a necessidade de responder à emergência sanitária, económica e social. É muita coisa ao mesmo tempo. Por isso, ouvimos até à náusea o apelo ao dever cívico exemplar dos portugueses, porque isso ajudará a conter a pandemia.
Sempre que ligo a televisão, parece que estou diante de um pelotão de fuzilamento: as notícias da crise vêm em rajada. Não levam à morte, mas os seus efeitos incandescentes permanecem como uma ferida fresca. Internados, infectados, mortos. Dor e mais dor, a tristeza que vicia sobretudo os já deprimi
Lamento dizê-lo, mas não existem produtos ecológicos. Todos os produtos necessitam de materiais, usam energia e produzem resíduos. Nenhum tem impacto zero. O que nos ensinam os especialistas que trabalham seriamente estes temas é que a sustentabilidade de um produto tem de ser avaliada ao longo de t
Nota prévia deste artigo: não sou marketeer e nunca trabalhei nessa área. Escrevo este texto como consumidora. Uma consumidora preocupada com os temas da sustentabilidade.
Sem memória não existimos. Sem responsabilidade cultural não merecíamos existir. Construir e preservar a nossa memória colectiva tem tudo a ver com a sustentabilidade do mundo em que vivemos.
Na equação da vida não podemos baixar os braços nem virar costas a uma causa, seja ela qual for. Em algum momento precisamos de ser activistas, lutar contra a infra-estrutura da impunidade, da desigualdade e da injustiça. Mesmo nas vidas mais sossegadas, deveremos ser chamados a escolher as nossas b
Melhorei muito, mas até há alguns anos a minha especialidade culinária resumia-se a tortelinis com tomate. Não que fosse uma receita especial, longe disso. Na verdade, a massa era daquelas em que o fabricante contribuía com a mistura embalada dos ingredientes e eu com boa vontade, amor e uma ou duas
Os automóveis apitavam, desesperados pelo regresso a casa. A cena repetia-se todos os dias, para desespero de quem não podia fugir ao percurso pendular casa-trabalho em hora de ponta. Antes da pandemia da Covid-19, antes de o mundo ter descoberto à força as maravilhas do teletrabalho, mais de metade
Eu deixei de comer carne há mais de duas décadas, primeiro por motivações de saúde, depois por razões ambientais. Mas, na altura, quando o via no prato, com um ovo a cavalo, ainda não sabia bem que o bife de vaca tinha uma pegada ecológica comparável à de um veículo motorizado.
De forma intencional, tenho procurado viver com menos, aprender a consumir, centrar-me no essencial, respeitar a terra, ter menos coisas. No fundo, adoptar um estilo de vida mais controlado, “exteriormente mais simples e interiormente mais rico”, como escreveu o escritor americano Duane Elgin no seu