No 25 de abril a Avenida da Liberdade torna-se palco de todos, e de tudo é possível encontrar. Há os mais habituados às marchas e às manifestações, e os que saem à rua só naquele dia do ano para agradecerem por não o ter que fazer mais vezes. O SAPO24 desceu a Avenida e apanhou as histórias de quem
Vários milhares de pessoas desceram hoje a Avenida da Liberdade com cravos nas mãos e não só para assinalar o cinquentenário da Revolução dos Cravos. O SAPO24 esteve presente e captou alguns dos principais momentos no meio da multidão.
O Presidente de São Tomé e Príncipe, Carlos Vila Nova, considerou hoje em Lisboa que Portugal "se pôs do lado certo da História" com o derrube da ditadura em 25 de abril de 1974.
O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, considerou hoje que Portugal soube reconhecer a derrota colonial e que a reconciliação com os países vencedores aconteceu rápida, imediata e naturalmente.
O presidente dos Estados Unidos da América, Joe Biden, congratulou hoje Portugal pelo “espírito corajoso” com que fez a Revolução dos Cravos, há 50 anos, que permitiu o regresso da democracia.
O Presidente da República celebrou hoje "as pátrias e os povos irmãos" das antigas colónias de Portugal "que o 25 de Abril uniu", considerando que o futuro será guiado pelas memórias e lições do passado colonial.
O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, manifestou hoje o "orgulho" do povo guineense de ter dado "o contributo original" para a transformação histórica que culminou na Revolução de Abril, na descolonização, e na democracia nos PALOP.
O Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, defendeu hoje que a revolução de 25 de Abril foi construída não só em Portugal, mas também pelas antigas colónias, cujos presidentes se reuniram hoje em Lisboa.
O Presidente de Angola, João Lourenço, defendeu hoje em Lisboa que o desafio que as ex-colónias têm atualmente é "o da consolidação da democracia, da diversificação e fortalecimento" das suas economias.
Cerca de uma dezena de angolanos juntaram-se hoje em frente ao Centro Cultural de Belém criticando a presença do Presidente da República de Angola na cerimónia que junta em Lisboa vários chefes de Estado lusófonos.
A cabeça de lista da Alternativa Democrática Nacional (ADN), às Eleições Europeias, encontrava-se "legitimamente a participar nas atividades de comemoração do 25 de Abril".
O Presidente da República cabo-verdiano afirmou hoje que a "manifesta incapacidade" dos governos em responder às exigências dos cidadãos conduz a fenómenos como o populismo nos países desenvolvidos e à tomada do poder pelos militares nos estados pobres.
O Presidente da República recebeu hoje dezenas cidadãos no gabinete oficial do Palácio de Belém, onde contou a história do local, aberto à população para celebrar os 50 anos do 25 de Abril, mas recusou responder a perguntas dos jornalistas.
Há meio século os portugueses viviam a Revolução dos Cravos e hoje empunham cravos e gritam liberdade. Lá fora, a imprensa internacional dá conta das operações militares que acabaram com o regime autoritário.
Vários milhares de pessoas começaram a descer a Avenida da Liberdade, no tradicional desfile do 25 de Abril, hoje para assinalar o cinquentenário da revolução.
A vida nos palcos antes do 25 de Abril contada pelos residentes na Casa do Artista está repleta de histórias de opressão e medo, mas também de resistência e superação. O SAPO24 esteve à conversa com quem conheceu melhor o teatro pré e pós-revolucionário e, 50 anos depois, recorda as suas histórias.
Marcelo Rebelo de Sousa defende que os avanços de Portugal, estão estão a "precisar do impulso de novas gerações, ideias e pessoas", antes que o 25 de Abril "fique ou acabe por ir ficando saudosismo, nostalgia, mais passado do que futuro".
O primeiro-ministro manifestou hoje a convicção de que os 50 anos do 25 de Abril serão “um ponto de viragem” para quebrar “um ciclo negativo” dos últimos anos, de “incapacidade de reter em Portugal” o talento dos jovens.