
Neste mês de maio, duas iniciativas culturais protagonizadas por representantes do Alentejo demonstraram que a tradição e a juventude académica têm lugar de destaque em palcos internacionais distintos. O Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento participou na Expo 2025, em Osaka (Japão), enquanto o FOCUS Sax Quartet (formado por estudantes da Escola de Artes da Universidade de Évora) brilhou, a convite do Município de Dalian, no prestigiado 34.º Dalian Acacia Flower Festival (China). Dois momentos culturais distintos, mas que convergem numa mesma direção: a afirmação da identidade cultural do Alentejo e da excelência artística da Universidade de Évora.
O Rancho de Cantadores de Aldeia Nova de São Bento levou ao Japão uma das mais genuínas expressões do património imaterial português: o Cante Alentejano (Património Cultural Imaterial da Humanidade). A sua presença na Expo 2025 ultrapassou o âmbito da performance artística: foi uma afirmação da identidade do Alentejo. Esta manifestação cultural destacou-se num dos maiores eventos internacionais, não apenas pelo seu valor artístico, mas também pelo seu significado social, cultural e histórico. Através dos meios de comunicação social, foi possível verificar que a autenticidade do Cante Alentejano transcendeu as barreiras linguísticas, sendo compreendida e sentida através de gestos e outras expressões manifestadas pelo público.
O FOCUS Sax Quartet mostrou a vitalidade do ensino superior artístico da Universidade de Évora. A instituição, através da Escola de Artes, tem vindo a afirmar-se como uma referência na formação musical, e este convite internacional é uma clara evidência disso mesmo. O FOCUS Sax Quartet, ao participar num dos maiores festivais culturais da Ásia, não só demonstrou o seu talento, mas também contribuiu para a afirmação da imagem da Universidade de Évora na área da música.
Estas duas participações representam a força da presença cultural e académica do Alentejo num mundo cada vez mais interligado. Levar a tradição do Cante Alentejano e o talento emergente do ensino superior artístico ao continente asiático é contribuir para uma narrativa global em que o Alentejo surge como uma região de tradições vivas e juventude criativa.
É nestes momentos que percebemos o verdadeiro valor da cultura na aproximação entre diferentes povos. E é, também, nestes momentos que sentimos orgulho na cultura alentejana e na performance artística dos estudantes da Universidade de Évora. Que estas iniciativas se multipliquem, pois, o mundo precisa de mais cultura e talento partilhado.