O Presidente da República começou, na sua comunicação ao País, por sublinhar que “o mundo mudou imenso nos últimos meses e tudo indica que vai mudar mais”, “os EUA distanciam-se dos países europeus”. “A UE tem de se unir ainda mais sem perder o apoio social e evitar ficar descartável entre americanos e russos”.

Marcelo refere então que “tudo aconselha à estabilidade”. “Inesperadamente, surgiu uma crise aparentemente só política como tantas outras”.

 

Marcelo questiona-se agora sobre a moção de confiança rejeitada. “Porque é que o Governo anunciou e apresentou a moção e, por outro lado, as oposições salvo um partido, a rejeitaram?”

“O tema central respeitou à confiança que o primeiro-ministro merecia para continuar a governar Portugal”, diz o presidente, referindo que o Governo defendeu sempre a sua ética e que a oposição criticou os interesses entre a política e privados. 

“Este choque sobretudo de juízo ético ou moral sobre uma pessoa e a sua confiabilidade suscitou uma questão nova: é que todos os esforços de entendimento mínimo se revelaram impossíveis”

“Não se pode ao mesmo tempo confiar e desconfiar do primeiro-ministro. Não havia meio caminho”, continua o Presidente da República.

Marcelo refere que “os partidos, ouvidos após a demissão do Governo, pronunciaram-se em unanimidade a dissolução e a convocação de eleições. O mesmo foi o parecer unânime do Conselho de Estado”. “Ao Presidente da República não restava senão anunciar a dissolução da Assembleia da República e o anúncio de eleições para o dia 18 de maio de 2025.”