
A presidente da Câmara de Nisa, Idalina Trindade, foi absolvida no processo em que era acusada pelo Ministério Público de um crime de abuso de poder, por não ter pago um subsídio de 160 mil euros à extinta Associação para o Desenvolvimento de Nisa (ADN).
O anúncio da absolvição foi feito pela própria durante a cerimónia de inauguração do “Nisa em Festa”, tendo Idalina Trindade adiantado que «em 22 de Maio de 2025 foi proferida uma decisão instrutória pelo Tribunal e já transitada em julgado», sendo «definitiva e irrecorrível», de «não pronunciar a arguida Maria Idalina Alves Trindade».
A edil revela que o processo, que «resultou de uma denúncia de três vereadores da Câmara de Nisa à data [2013], sendo eles Fátima Dias (CDU), Vítor Martins (CDU) e José Dinis Semedo (PSD)», «nem sequer chegou à fase do julgamento», tendo «ficado provado, segundo a sentença, que não violei qualquer lei, que não actuei com a intenção de obter para mim ou para outrem qualquer benefício, ou de causar prejuízo a quem quer que fosse». E, prossegue, «pode ler-se ainda na decisão que a arguida sempre actuou no sentido de fazer o melhor para o Município, que zelou pelo interesse público, pela imparcialidade e pela boa-fé».
Idalina Trindade fez um agradecimento público ao «ilustre advogado» Nuno Barroso, «que, de forma convicta e firme me acompanhou neste calvário, me defendeu e com maestria, de forma laboriosa e inteligente trabalhou para o sucesso desta decisão de não pronúncia, ou seja, de absolvição pela prática de qualquer crime. Esta sou eu, a que defende o interesse público de boa fé e a que respeita a legalidade», declarou.
Recorde-se que Idalina Trindade foi acusada pelo Ministério Público, em 2022, de um crime de abuso de poder por não ter pago um subsídio de 160 mil euros à extinta associação ADN, uma vez que, segundo justificou Idalina Trindade, este apoio «já tinha sido pago em contos (30 mil contos)» para «compensação de despesas nos encargos com uma obra que esta associação executou», a que acresce o facto de que «esta entidade devia à Câmara 105 mil euros».