Um mês após a queda do Boeing 787 da Air India, que vitimou 241 pessoas, o relatório preliminar das autoridades indianas revela novos detalhes sobre o acidente. A aeronave, que descolou de Ahmedabad em direção a Londres, caiu minutos depois da partida. A bordo seguiam 242 pessoas. Apenas uma sobreviveu — o ocupante do lugar 11A.

Segundo o relatório divulgado esta sexta-feira pelo Gabinete de Investigação de Acidentes de Aviação (AAIB), os interruptores de combustível dos motores passaram da posição “ligado” para “desligado” com um segundo de diferença entre si, deixando os dois motores sem alimentação.

As gravações de voz da cabine mostram que um dos pilotos questionou o colega sobre o motivo do desligamento, mas este negou a ação. Pouco depois, os interruptores foram reativados, mas apenas um dos motores começou a recuperar potência no momento em que o avião já caía sobre uma zona residencial.

A investigação aponta agora para uma possível falha humana, descartando, para já, problemas técnicos ou contaminação do combustível. A Air India confirmou que as amostras recolhidas são “satisfatórias” e afirmou estar a colaborar com as autoridades. Por se tratar de um inquérito ainda em curso, a companhia não prestará mais declarações públicas.

O copiloto estava aos comandos da aeronave no momento do acidente, sob a supervisão do comandante. A queda do voo AI171 tornou-se o acidente de aviação mais grave da última década a nível mundial.

A Air India declarou, em nota oficial, a sua solidariedade às famílias das vítimas e garantiu apoio contínuo aos afetados.

A Air India se solidariza com as famílias e os afetados pelo acidente do AI171. Continuamos lamentando a perda e estamos totalmente comprometidos em fornecer apoio durante este momento difícil. Acusamos o recebimento do relatório preliminar divulgado pelo Aircraft Accident Investigation Bureau (AAIB) hoje, 12 de julho de 2025.

A Air India está trabalhando em estreita colaboração com as partes interessadas, incluindo órgãos reguladores. Continuamos a cooperar integralmente com o AAIB e outras autoridades à medida que a investigação avança.

Dada a natureza ativa da investigação, não podemos comentar detalhes específicos e encaminhar todas as investigações ao AAIB.

A investigação continua.