A candidatura “Seremos de Novo Briosa”, liderada por Rui Sá Frias, deixou fortes críticas às propostas das listas adversárias durante o debate entre candidatos à presidência da Direção da Académica/OAF, realizado na noite de quarta-feira, 21 de maio, na Casa da Académica em Lisboa. O encontro, que encheu a sala de sócios e adeptos, revelou diferentes visões para o futuro do clube, com destaque para a polémica em torno da possível constituição de uma Sociedade Anónima Desportiva (SAD).

A Lista B considera “frágeis e impreparadas” as soluções apresentadas por Joaquim Reis e Fernando Lopes, que defenderam a constituição imediata de uma SAD e a sua própria demissão caso esta não seja aprovada. “Nem um nem outro soube explicar que modelo de SAD defendem, com que investidores contam ou que garantias apresentam aos sócios”, afirmou Rui Sá Frias, manifestando preocupação com o que descreve como “aventurismo” e “ausência de plano estratégico”.

Particularmente crítica foi a reação à proposta de Joaquim Reis, da Lista A, que admitiu lançar um empréstimo obrigacionista de 1,2 milhões de euros e alienar 20% de uma futura SAD. Para a Lista B, esta proposta representa não só um aumento de endividamento, como também a entrega parcial do clube a entidades não escrutinadas pelos sócios. “Uma proposta imprudente e perigosa”, sublinha Sá Frias.

“Ontem caiu a ilusão. As restantes listas pedem um cheque em branco aos sócios, sem apresentarem soluções claras. Fomos os únicos a apresentar um projeto coeso, uma estrutura sólida e uma equipa credível”, declarou o candidato da Lista B.

A candidatura reafirma que a recuperação financeira da Académica não deve ser colocada em risco por decisões precipitadas e insiste na recusa de “negócios apressados” e “venda encapotada da alma da Briosa”. Promete, em contrapartida, uma gestão com “equilíbrio, seriedade e ambição”, apostada em devolver o clube aos campeonatos profissionais.

“Coimbra precisa de voltar a acreditar. E nós seremos, de novo, Briosa”, concluiu Rui Sá Frias.