Julho pode ser “duro” em Portugal com calor intenso e risco de aguaceiros fortes

O mês de julho promete ser especialmente exigente em Portugal continental, com previsões de temperaturas acima da média e potencial para episódios de precipitação intensa e localizada. Segundo o especialista Alfredo Graça, da Meteored Portugal, o mês deverá iniciar-se “substancialmente mais quente do que o normal”, com valores elevados a muito elevados em praticamente todo [...]

O mês de julho promete ser especialmente exigente em Portugal continental, com previsões de temperaturas acima da média e potencial para episódios de precipitação intensa e localizada. Segundo o especialista Alfredo Graça, da Meteored Portugal, o mês deverá iniciar-se “substancialmente mais quente do que o normal”, com valores elevados a muito elevados em praticamente todo o território.

Os distritos de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda, Viana do Castelo, Braga, Porto, Aveiro, Castelo Branco, Portalegre, Santarém, Évora, Beja e Faro deverão registar calor particularmente intenso. Embora julho costume ser, por natureza, um mês quente, os modelos meteorológicos atuais levantam preocupações adicionais.

Graça alerta para a possibilidade de “ondas de calor” — embora a confirmação de episódios extremos só possa ser feita poucos dias antes. Em paralelo, apesar de a precipitação ser escassa em julho, podem ocorrer aguaceiros fortes, granizo e trovoadas, com risco de danos graves para as culturas agrícolas e desequilíbrios hídricos.

O cenário meteorológico previsto inclui a persistência de uma crista anticiclónica no oeste do Mediterrâneo, mas admite a chegada de bolsas de ar frio que poderão originar episódios de instabilidade com aguaceiros e trovoadas em várias regiões.

Perante o calor extremo, a Direção-Geral da Saúde (DGS) recomenda cuidados redobrados: ingerir água regularmente, evitar bebidas alcoólicas, privilegiar ambientes frescos ou climatizados, evitar exposição solar direta entre as 11h e as 17h, usar protetor solar com fator 30 ou superior, roupas leves e claras, chapéu e óculos com proteção UV.

A DGS sublinha a importância de proteger os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos, doentes crónicos, grávidas e trabalhadores no exterior. As crianças com menos de seis meses não devem estar sujeitas a exposição solar direta ou indireta.

Entretanto, sete distritos — Lisboa, Setúbal, Santarém, Évora, Beja, Castelo Branco e Portalegre — mantêm-se sob aviso vermelho devido ao calor até às 21 horas de hoje, altura em que a maioria passará a aviso laranja ou amarelo, consoante a região.