
O Partido Socialista absteve-se na votação da proposta e orçamento da Feira de Artesanato e Gastronomia que foi a reunião de Câmara, esta quinta-feira. Os socialistas dizem reconhecer «o valor cultural destas festividades», mas estão contra o orçamento porque consideram que o programa proposto «não difere das edições anteriores».
A Câmara prevê gastar este ano 446.123,10 euros, mais cerca de 50 mil euros que no ano anterior (foi de 398 mil euros). Na declaração de voto que acompanha a votação, os vereadores do PS lembram que o valor é quase o dobro daquele que foi gasto no primeiro ano do mandato de Mário Passos (em 2022 foram gastos 296 mil euros). «Não é de ignorar o facto de estarmos em ano eleitoral», avisam os socialistas, que antecipam que «será, porventura, o último ato público festivo a que Mário Passos presidirá».
No que se refere ao programa, dizem que as iniciativas «são similares e a maior parte até são iguais) às dos anos anteriores. Não é apresentada, nem no teor da proposta, nem no programa anexo, nenhuma iniciativa ou atividade que, por si só, se destaque substancialmente dos anos anteriores ou que justifique um substancial incremento do valor orçamentado. Assim como não é apresentada qualquer justificação para este aumento no valor da despesa orçamentada se comparada com 2022».
Conforme foi publicado ontem, o presidente da Câmara justifica que após a renovação da cidade, em 2023, foi possível organizar os eventos com um figurino diferente. Diz que acontece o mesmo com o Carnaval e com as Festas Antoninas. Relativamente ao orçamento do ano anterior, diz que são 50 mil euros a mais, por causa da subida dos preços e do aumento do número de stands. «Percebo a postura do partido da oposição, porque é véspera de eleições».