Foi lançado, esta terça-feira (3), pela Fundação de Aurélio Amaro Diniz (FAAD) o procedimento de concurso público para a edificação da Habitação Multifamiliar Colaborativa e Comunitária, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), através da aprovação de uma candidatura que irá apoiar em 1.781.441,00 Euros.

A obra tem como prazo de execução 240 dias e um preço base de 3.463.233,06 Euros e será a primeira resposta social desta modalidade em Oliveira do Hospital, abrangendo um total de 60 utentes.

De acordo com a FAAD, a Habitação Colaborativa e Comunitária é uma resposta social de carácter residencial, que acolhe indivíduos temporária ou permanentemente, em unidades habitacionais independentes mas que dispõem de espaços de utilização comum, de serviços de apoio partilhados, com vista à promoção da interação e inclusão social, de relações geracionais, intergeracionais e interculturais.

As referidas unidades habitacionais, em função do seu propósito (acolhimento individual ou familiar), serão de tipologia T0, T1 e T2, que na sua totalidade poderão integrar até 60 utentes.

Localizadas perto das restantes respostas sociais da FAAD, os utentes beneficiarão de espaços verdes e de fácil acesso através de rede viária, livre de barreiras físicas.

Com o desenvolvimento da referida resposta social, a FAAD pretende garantir condições de bem-estar e qualidade de vida dos residentes; assegurar um ambiente seguro, confortável, acessível e humanizado; promover estratégias de desenvolvimento da vivência em comum, numa lógica comunitária, com o respeito pela individualidade, interesses e privacidade de cada pessoa e ou família; fomentar as relações sociais, a intergeracionalidade, a convivência, a entreajuda e o espírito de comunidade; manter ou permitir a reunificação familiar; prolongar a autonomia e a vida independente; prevenir o isolamento social e ou solidão; estimular a adoção de comportamentos ambientalmente sustentáveis e ecológicos; potenciar a criação de emprego e de comunidades autossustentáveis; e apoiar e complementar a atividade das demais respostas que a FAAD disponibiliza, nomeadamente abreviando altas hospitalares e melhorando os serviços pós-internamento.

Dado que se trata de uma resposta social inovadora diferenciada das existentes, com regras próprias de funcionamento e menos exigentes que as demais, assente no princípio da autonomização e coabitação dos seus residentes, poderá assumir-se muito menos dispendiosa e autossustentável.