
A Fundação Eugénio de Almeida (FEA) promoveu, este domingo, um encontro entre os povos português e ucraniano.
Um momento «simbólico» para Pedro Oliveira, presidente da FEA, em declarações a’ODigital.pt, e que contou com a presença da embaixadora da Ucrânia em Portugal, Maryna Mykhailenko.
Neste âmbito, foi também inaugurada a exposição “Construir Comunidades: Caminhos de Integração e Participação”, composta por retratos do quotidiano do programa de acolhimento a refugiados e migrantes desenvolvido pela Fundação.
O encontro incluiu ainda um debate subordinado ao tema «Integração e Acolhimento da Comunidade Ucraniana em Portugal», que contará com a participação de Pavlo Sadokha, presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal, Ivan Hudz, pároco da Comunidade Ucraniana em Évora, Maria João Tomé, voluntária do projeto de apoio à comunidade ucraniana da Fundação Eugénio de Almeida, e Iryna Gusak, representante de uma família acolhida pela instituição.
O presidente sublinhou nas suas declarações que o encontro teve como objetivo relembrar o trabalho feito pela fundação, onde «confraternizamos com esta comunidade a quem, ainda por cima, temos de agradecer pela forma como se integrou».
«É um caminho que a fundação tem vindo a fazer desde 2022 e a comunidade integrou-se bastante bem na região de Évora», acrescentou, dizendo ainda que «pela nossa missão, tínhamos de estar presentes».
Pedro Oliveira vincou também que a comunidade ucraniana «fez um esforço de resiliência» para que a integração fosse positiva, «num momento que é extremamente complicado».
«É preciso muita força de vontade para enfrentar uma situação destas. Há muitas famílias a sofrerem e a fazerem sacrifícios nesta guerra que é inimaginável, que dura há três anos», adicionou.
Em relação ao povo português, enfatizou que «em geral, nas várias regiões do país, é um povo muito acolhedor» e que Évora acolheu uma comunidade que «já tem já tem um número considerável».
O presidente detalhou que, em termos de apoios, a Fundação Eugénio de Almeida «tem várias atividades», mas é no alojamento que se destaca, uma vez que «temos duas famílias ucranianas a viver em instalações da fundação».
Um número que não é superior porque «não temos mais espaço». Ainda assim, «em relação a todas as outras famílias, colaboramos muito com as entidades locais, com a Segurança Social e as várias comunidades que existem».
«Temos uma grande contribuição também através da nossa área de voluntariado, que temos muitos voluntários envolvidos», acrescentou ainda.
Para concluir, Pedro Oliveira atirou que «gostávamos de fazer ainda mais, mas procuramos fazer o máximo possível» e «acho que qualquer pessoa com valores humanistas gostava sempre de ajudar mais».
De seguida, fique com a foto-reportagem do encontro.