De 10 de maio a 28 de junho de 2025, o Centro de Artes de Sines recebe a exposição de fotografia Siza + Souto de Moura, uma homenagem singular ao trabalho recente de dois dos mais consagrados arquitetos portugueses – Álvaro Siza Vieira e Eduardo Souto de Moura – ambos distinguidos com o prestigiado Prémio Pritzker.

A exposição, idealizada por Nuno Miguel Borges, propõe uma viagem visual através da fotografia enquanto meio de interpretação e de memória arquitetónica. Com curadoria dos fotógrafos André Príncipe e António Júlio Duarte, a mostra reúne 90 imagens que documentam dois projetos emblemáticos: o Claustro do Rachadouro do Mosteiro de Alcobaça, intervencionado por Souto de Moura, e a Fundação Gramaxo, concebida por Siza Vieira.

A inauguração está marcada para sábado, 10 de maio, às 16h00, com a presença dos fotógrafos e uma conversa aberta ao público que contará com as participações do arquiteto Gonçalo Byrne, da presidente do Centro Nacional de Cultura Maria Calado, e do ensaísta Jorge Rivera.

Através de 45 fotografias de André Príncipe, o público é conduzido ao interior do Mosteiro de Alcobaça, classificado como Património Mundial da UNESCO. O percurso visual inicia-se no registo do espaço em estado de abandono, prossegue pelas obras de reabilitação e culmina na dignificação do claustro enquanto hotel de cinco estrelas, numa intervenção onde Souto de Moura alia subtileza, rigor e respeito pela memória do lugar.

Nas outras 45 imagens, António Júlio Duarte documenta, ao longo de quatro anos, o nascimento da Fundação Gramaxo: desde o terreno virgem, com o seu tanque de granito e árvores seculares, passando por todas as fases da construção, até ao olhar final sobre o edifício concluído. A exposição inclui ainda registos de objetos e espaços do universo pessoal de Siza Vieira — escultura, design e o ambiente do seu ateliê — ampliando o retrato de uma obra profundamente autoral.

A exposição é de entrada livre e pode ser visitada no Centro de Artes de Sines de segunda a sexta-feira, entre as 14h00 e as 20h00, e aos sábados e feriados, entre as 12h00 e as 18h00.

Esta mostra constitui não só uma celebração da arquitetura contemporânea portuguesa, como também um momento raro de encontro entre a criação arquitetónica e a expressão fotográfica, dando corpo e memória à beleza construída.