Aluno de Castro Daire de 17 anos, é ameaçado de morte com navalha, na escola

Casos de violência em escola de Castro Daire: aluno denuncia ameaças com navalha ao pescoço.

Um aluno de 17 anos da Escola Secundária de Castro Daire está a ser alvo de uma investigação da GNR após alegadas ameaças de morte e episódios de bullying por parte de colegas de turma.

O jovem, que desde março está afastado da escola devido a problemas psicológicos, relata ter sido ameaçado com uma navalha apontada ao pescoço, em momentos de crescente violência, a mãe do aluno, que já apresentou queixa-crime à GNR, denuncia que este não é um caso isolado e que outros estudantes também sofrem com o medo de denunciar.

De acordo com a mãe do adolescente, os casos de bullying começaram no início do ano letivo, quando o filho lhe contava frequentemente que colegas o intimidavam, colocando pioneses na cadeira e chamando-lhe “gordo”.

A situação continuou a escalar, até que em março que a situação se agravou de forma alarmante, com a alegada ameaça de morte, onde os colegas terão levado navalhas para a escola e apontado uma delas ao pescoço do aluno, perante a inércia da escola em resolver o problema, a mãe decidiu recorrer às autoridades.

A mãe ainda explicou que o diretor de turma, ao ser informado, optou por tentar minimizar o caso, dizendo que seria necessário ter provas concretas, antes que se pudesse fazer algo.

Em resposta ao Correio da Manhã, o diretor do Agrupamento de Escolas de Castro Daire, António Luís, garantiu que “foram feitas várias diligências” e que a escola apurou que os alunos não estavam a levar navalhas para o estabelecimento de ensino, segundo o responsável, o aluno em questão nunca se adaptou à turma e estaria a “arranjar estratégias” para não frequentar as aulas.

O caso foi ainda comunicado à Comissão de Proteção de Crianças e Jovens, que se encontra a acompanhar a situação de perto.

A investigação continua e a GNR está a recolher todos os elementos necessários para apurar os factos e garantir que a situação seja resolvida, de modo a proteger a integridade física e psicológica do aluno.

Enquanto isso, o adolescente permanece em casa com atestado médico, aguardando uma avaliação pedopsiquiátrica que irá determinar a sua condição psicológica e as consequências do bullying e das ameaças sofridas.

A mãe do jovem exige justiça e sublinha que é necessário que as autoridades escolares e a comunidade em geral se comprometam a combater a violência nas escolas e a proteger as vítimas.