O Alentejo Litoral contará com 229 operacionais, 55 viaturas e um helicóptero para combate a incêndios durante a fase Delta do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), que decorre entre 1 de julho e 30 de setembro, o período mais crítico do ano em matéria de fogos florestais.

A informação foi divulgada esta semana pela Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, durante a apresentação oficial do plano. O comandante sub-regional Tiago Bugio destacou que o reforço da capacidade operacional resulta de um investimento contínuo na formação de novos elementos e na capacitação dos meios já existentes.

Desde 15 de maio, altura em que se iniciou a fase Bravo, a região já conta com 164 operacionais em 40 equipas de combate, compostas por bombeiros e sapadores florestais. Este número aumentará para 193 operacionais e 46 viaturas durante a fase Charlie, que decorre ao longo de junho.

Durante o pico do verão, estarão ativas 55 equipas provenientes de dez corpos de bombeiros locais, sete equipas de sapadores florestais, forças da GNR com meios terrestres e aéreos, e ainda elementos da AFOCELCA, associação de empresas dedicadas à proteção florestal. O helicóptero de ataque inicial ficará sediado no Centro de Meios Aéreos de Grândola, sendo complementado por mais três aeronaves posicionadas no Montijo, Évora e Ourique.

Segundo Tiago Bugio, o Alentejo Litoral apresenta uma elevada densidade florestal, com cerca de 70% da área territorial coberta por mato e floresta, o que, associado às limitações de acessibilidade, torna o combate inicial um verdadeiro desafio. Por isso, alerta, é fundamental garantir uma resposta rápida e eficaz, com mobilização de meios aéreos logo nas fases iniciais de cada ocorrência.

A sub-região do Alentejo Litoral é composta pelos concelhos de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém e Sines, no distrito de Setúbal, e Odemira, no distrito de Beja, totalizando mais de 500 mil hectares e cerca de 100 mil habitantes.