O BCP anunciou este sábado que no âmbito do seu programa de recompra de ações já desembolsou mais de 110,4 milhões de euros, ou seja, 55% do valor máximo que determinou: 200 milhões de euros, numa nota enviada à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Esta situação é uma forma de compensar acionistas, embora o banco tenha assumido a distribuição de 453 milhões de dividendos pelos acionistas, na sequência de um lucro consolidado de 906 milhões de euros em 2024.

O banco liderado por Miguel Maya, anunciou no início de abril que "o Programa de Recompra terá início a partir do dia 14 de abril de 2025 e terminará a 14 de outubro de 2025 (inclusive)", avisando que este poderia terminar antes por decisão do banco, “ou caso o número máximo de ações a adquirir ou o montante pecuniário máximo do programa de recompra sejam atingidos”.

Em abril, o banco presidido por Miguel Maya deu nota de que “os programas de recompra de ações próprias do BCP terão como base a posição de capital do banco e estarão alinhados com o seu compromisso em manter um rácio de capital CET1 acima de 13,5%, assim como com o propósito de otimização da remuneração aos acionistas”.

Esta decisão insere-se no âmbito do Plano Estratégico 2025-28 do BCP, o qual “prevê executar programas de recompra de ações próprias, tendo como objetivo assegurar, conjuntamente com o pagamento de dividendos ordinários, uma distribuição aos acionistas de até 75% do resultado líquido consolidado gerado de 2025 a 2028”, o qual estará, contudo, “sujeito à aprovação das autoridades competentes”.

Recorde-se que as compras das ações do BCP são feitas em mercado e devem “conter-se num intervalo de quinze por cento para menos e para mais relativamente à cotação mais baixa e média, respetivamente, das ações do BCP transacionadas no Euronext Lisbon durante a semana imediatamente anterior à data de aquisição”.

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