As Comissões de Utentes do Litoral Alentejano alertaram, em comunicado, que a região tem cerca de 27 mil utentes sem médico de família.

A nota do organismo sublinha que há casos «graves» de freguesias com «mais de 70%» da população sem médico de família, como é o caso de São Teotónio, no concelho de Odemira, que conta com «cerca de 9 mil utentes» e cerca de 6 mil não possui.

Porém, também a freguesia de Santo André, Santiago do Cacém, «são cerca de 11 mil utentes, mais de 6 mil não têm médico de família».

O organismo destaca ainda que os utentes da unidade de saúde de Canal Caveira (Grândola) «continuam desprotegidos no que diz respeito a consultas médicas», uma vez que «só têm atendimento médico uma vez por mês».

Para além dos utentes, as comissões vincam ainda a «inadmissível derrapagem no tempo» de conclusão do Centro de Saúde de Santiago do Cacém e ainda a falta de cumprimento, por parte do Governo, da reabertura do Atendimento Permanente no Centro de Saúde de Grândola.

Em relação à Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano, pode ler-se no comunicado que o organismo realça as «várias privatizações internas» com um problema, adicionando também que «mais de 20% dos Tempos Máximos de Resposta Garantidos não são cumpridos nas Consultas e também nas Cirurgias».

Desta forma, as Comissões de Utentes do Litoral Alentejano pedem «vontade política» ao Governo para a resolução dos problemas citados, propondo a «contratação de profissionais de saúde» como medida, assim como «inventivos» para a contratação.

Na missiva verificam-se ainda propostas como o «regresso da Unidade de Saúde Familiar “Porto de Mar”», o «fim da privatização do Serviço de Imagiologia do Hospital do Litoral Alentejano» e o «fim de todas as taxas moderadoras».