
Álamo Oliveira nasceu na freguesia do Raminho, na ilha Terceira, tendo iniciado os seus estudos no Seminário de Angra do Heroísmo.
O seu romance "Já não gosto de chocolates" foi traduzido e publicado nos Estados Unidos e Japão e a sua obra "Até hoje, memórias de cão" foi galardoado com o prémio Maré Viva, da Câmara Municipal do Seixal, em 1985.
Já "Solidão da Casa do Regalo" foi galardoado com o prémio Almeida Garrett, em 1999.
Numa nota alusiva ao seu falecimento, o presidente do Governo dos Açores considera que a partida de Álamo Oliveira deixou a cultura açoriana e portuguesa "mais pobres".
"Partiu um homem que foi, ao longo da vida, uma das vozes mais autênticas da alma açoriana. Um criador inquieto, generoso e profundamente ligado às raízes das nossas ilhas, às suas gentes, às suas dores, às suas alegrias, às suas memórias", afirma José Manuel Bolieiro.
Álamo de Oliveira publicou cerca de 40 livros de poesia, romance, teatro, conto e ensaio, mas "ficam as ideias, as perguntas, os palcos por onde passou, os leitores que tocou, os jovens que inspirou", de acordo com Bolieiro.
Álamo de Oliveira foi distinguido com a Insígnia Autonómica de Reconhecimento pelo Governo dos Açores e com o grau de Comendador da Ordem do Mérito pela Presidência da República.
Por seu turno, o presidente da Assembleia dos Açores, em nota de imprensa, manifestou "profundo pesar" pelo falecimento do escritor açoriano Álamo Oliveira.
Luís Garcia referiu que a sua vida e obra "marcaram profundamente a cultura açoriana, deixando um legado literário de grande relevância para a identidade do arquipélago".