
A cidade de Los Angeles vai lançar um plano de flexibilização das produções cinematográficas e televisivas, numa tentativa de revitalizar Hollywood, na sequência da ameaça do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas sobre filmes estrangeiros.
A presidente da Câmara Municipal de Los Angeles, Karen Bass, emitiu uma ordem executiva para facilitar aos "estúdios e produtores independentes a filmagem de filmes, programas de televisão e anúncios publicitários na cidade", informou o seu gabinete num comunicado.
A medida tem como objetivo reduzir os custos e simplificar os processos da cidade para as filmagens, bem como alargar o acesso aos pontos de referência de Los Angeles, acrescenta.
A ordem exige que os departamentos municipais reduzam os regulamentos e simplifiquem os processos para a indústria cinematográfica e televisiva, reduzindo as taxas e os prazos de revisão da documentação.
Apela também a uma "abordagem proativa e favorável ao cinema no que respeita à comunicação entre os departamentos municipais", especialmente no caso de projetos que possam afetar os horários das filmagens.
"Manter a produção de entretenimento em Los Angeles significa manter empregos bem remunerados, e é por isso que estamos a lutar" , afirmou Bass no documento.
Crise em Hollywood
A ordem surge num momento de crise para Hollywood, que procura reinventar-se após a queda da sua produção.
Trump anunciou a 4 de maio que iria impor tarifas de 100% aos filmes estrangeiros, mas a Casa Branca esclareceu no dia seguinte que ainda não há uma decisão firme e que está a trabalhar num quadro de consenso que cumpra as diretivas do Presidente.
Os líderes dos principais sindicatos de Hollywood apelaram, numa carta aberta a Trump, à melhoria dos incentivos fiscais à produção cinematográfica e televisiva, como parte de um pacote de medidas para ajudar a aumentar a procura de produção nos Estados Unidos.