
Sean "Diddy" Combs confirmou esta terça-feira, perante o juiz federal Arun Subramanian, que não irá testemunhar no julgamento que pode condená-lo por crimes de tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição.
O músico e empresário norte-americano, de 55 anos, garantiu que tomou a decisão de forma consciente, depois de discutir o assunto com a sua equipa de defesa.
"É a minha decisão, meritíssimo. Tomei-a com os meus advogados, mas é exclusivamente minha", afirmou em tribunal, acrescentando ainda um elogio ao juiz: "Está a fazer um excelente trabalho."
Acusação baseada em testemunhos de ex-namoradas
O julgamento decorre desde o início de maio num tribunal federal em Manhattan e está centrado em alegações de que Combs liderava uma rede de tráfico sexual, extorsão e transporte para fins de prostituição.
As acusações têm como base principal os testemunhos de duas ex-companheiras: Casandra "Cassie" Ventura e uma modelo identificada como "Jane". Ambas alegam ter sido coagidas a participar em atos sexuais enquanto Combs assistia ou gravava.
Cassie, que teve uma relação com o músico entre 2007 e 2018, afirma ter sido pressionada a participar em centenas de encontros, conhecidos como “freak-offs”. Jane declara ter vivido situações semelhantes até agosto de 2024.
A acusação apresentou 34 testemunhas, entre as quais antigos funcionários das empresas de Combs. Foram também exibidos mais de 40 minutos de gravações feitas pelo próprio artista, que mostram os encontros descritos pelas vítimas.
Defesa alega relações consensuais
A defesa que optou por não chamar testemunhas argumenta que os atos foram consensuais e alega que os testemunhos refletem arrependimento pessoal, e não provas de coação.
Além disso, pediu ao juiz a anulação das acusações por falta de provas, decisão que será tomada na quinta-feira durante as alegações finais.
O artista tem se declarado sempre inocente. Contudo, se for condenado, "Diddy" poderá enfrentar uma pena de prisão perpétua.
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