Os resultados definitivos da sessão indicam que o índice seletivo Dow Jones Industrial Average avançou 0,38%, o tecnológico Nasdaq ganhou 0,25% e o alargado S&P500 progrediu 0,53%.

"Os investidores concentram-se nos resultados, integrando o facto que, mesmo que tenha havido alguns fracassos, a época tem sido até agora boa", comentou Peter Cardillo, da Spartan Capital Securities, em declarações à AFP.

Hoje de manhã, os investidores estiveram a escrutinar os resultados das três primeiras empresas das 'Sete Magnífica', como são designados os conglomerados norte-americanos do setor tecnológico.

A Meta (Facebook, Instagram, WhatsApp) progrediu 1,55%, depois de ter concluído 2024 com receitas e lucros em forte alta e acima do esperado.

Mas as previsões para o trimestre em curso foram consideradas dececionantes.

Por seu lado, a Tesla divulgou números abaixo das expectativas, mas fechou a subir 2,87%, com os investidores a valorizarem as previsões de crescimento em 2025, assentes nos veículos autónomos.  

Microsoft não beneficiou desta dinâmica positiva e recuou 6,18%. Apesar de um lucro trimestral de 24 mil milhões de dólares, a sua 'cloud' (segmento de negócio de informática à distância) dececionou os investidores.

Também hoje, os investidores aguardavam os resultados da Apple, esperados para depois do fecho do mercado.

A empresa da maçã efetuou 124,3 mil milhões de dólares no primeiro trimestre do seu exercício dessintonizado do padrão (ano civil) e apresentou um lucro recorde de 36,3 mil milhões de dólares, mas as vendas do seu produto emblemático - o iPhone - saíram abaixo das expectativas.

A sua primeira gama de smartphones com inteligência artificial generativa, os iPhone 16, arrancou menos depressa do que esperado, nomeadamente na China.

No total, as vendas de iPhone foram um pouco mais de 69 mil milhões de dólares durante a época das festas de fim de ano.

Os investidores receberam ainda vários indicadores, como as inscrições no desemprego, que baixaram, e o produto interno bruto dos EUA. Em ritmo anualizado, o valor foi de 2,3%, em linha com as previsões.

A praça bolsista esteve ainda a ler a decisão do comité de política monetária da Reserva Federal (Fed) que, na quarta-feira, decidiu manter a taxa de referência no intervalo entre 4,25% e 4,50%.

"A Fed foi muito clara: vai ficar à espera até que algumas das incertezas ligadas às taxas alfandegárias e à inflação se tornem menos preocupantes", apontou Peter Cardillo.

 

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Lusa/fim