
Desde a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022, aumentou o número de petroleiros cujos proprietários são difíceis de identificar ou que não têm seguro adequado.
Tal situação permitiu a Moscovo reunir uma frota clandestina para exportar petróleo apesar das sanções de que é alvo por ter invadido a Ucrânia.
Os navios da "frota fantasma" são regularmente acusados pelos europeus de danificarem cabos submarinos, deliberadamente ou não, e de constituírem uma ameaça para o ambiente.
"O Governo adotou um novo regulamento que reforça o controlo dos navios estrangeiros, exigindo informações sobre os seguros", declarou o executivo sueco num comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
O objetivo é combater a "frota fantasma" e, ao fazê-lo, "melhorar a segurança marítima e a proteção do ambiente", disseram as autoridades de Estocolmo.
O Governo precisou que a Guarda Costeira e a Administração Marítima serão responsáveis pela recolha de informações sobre os seguros.
A fiscalização vai abranger não só os navios que atracam num porto sueco, mas também os que transitam nas águas territoriais ou na zona económica exclusiva da Suécia.
A Finlândia e a Suécia, que aderiram recentemente à NATO, estão particularmente atentas aos incidentes no Mar Báltico que visam infraestruturas de energia e comunicações, recorrentes desde o final de 2024.
A medida anunciada hoje "sublinha a presença assertiva da Suécia no Mar Báltico, o que por si só tem um efeito dissuasor", disse o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, citado no comunicado.
"Também fornece à Suécia e aos nossos aliados informações importantes sobre os navios que podem ser incluídos nas listas de sanções. Estamos a assistir a um número crescente de incidentes preocupantes no Mar Báltico, o que nos obriga (...) a prepararmo-nos para o pior", acrescentou.
Em 20 de maio, a União Europeia adotou um 17.º pacote de sanções contra a Rússia, visando cerca de 200 navios da "frota fantasma".
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