A Revolut começa a construir as bases da sua nova sede em Paris, tendo anunciado que vai iniciar o recrutamento para a nova frente do negócio com mais de 400 vagas abertas na Europa ocidental. A empresa esclarece que estas contratações devem ocorrer até 2029, com o objetivo de ter mais de 1500 pessoas a trabalhar para a sede francesa até ao fim da década.

Esta onda de contratação, informa a Revolut em comunicado, vai começar com 80 contratações no primeiro ano. Além da recentemente nomeada CEO para a nova sede, Béatrice Cossa-Dumurgier, o neobanco adianta que mais nomeações de executivos para a equipa de liderança vão ser anunciadas neste verão. Ao mesmo tempo, a empresa realça que está a candidatar-se a uma licença bancária francesa.

O recrutamento em questão visa angariar pelo menos 200 postos de trabalho em França, com os restantes distribuídos por Portugal, Espanha, Itália, Alemanha e Irlanda, que o banco digital considera serem “mercados ocidentais cruciais”. As áreas abrangidas por este processo são ‘compliance’, gestão de risco, cibersegurança, controlo interno, prevenção de crime financeiro, finanças, legal, vendas e operações de produto.

De forma a alcançar o marco das 1500 pessoas, a empresa adianta que cerca de 600 colaboradores já existentes vão ser transferidos progressivamente para a entidade francesa ainda por criar. Estes devem vir maioritariamente das áreas de suporte ao cliente, crédito e funções de produto. Esta transferência visa “apoiar o desenvolvimento de funcionalidades altamente esperadas, incluindo hipotecas e empréstimos a empresas na região”.

Cossa-Dumurgier salienta que a Europa ocidental é onde se pode encontrar uma quantidade “enorme” de talento e a Revolut pretende aproveitar isso “ao máximo”. A líder da Revolut para a Europa ocidental quer “profissionais desejosos de moldar o futuro da banca e construir a nova geração de serviços financeiros”.

Em 2024, revela a Revolut, a empresa contou com mais de 1,6 milhões de candidaturas. A empresa emprega mais de 13 mil pessoas por todo o mundo e indica que quase metade da sua massa trabalhadora teve promoções ou alguma progressão na carreira no ano passado. O fundador e CEO, Nik Storonsky, reafirmou recentemente o seu compromisso com um modelo de trabalho flexível, permitindo aos colaboradores decidir se preferem trabalhar remotamente ou presencialmente.