
No dia 25 de junho de 1985, um grupo de 200 acionistas, onde se incluíam nomes como Américo Amorim, Jardim Gonçalves, Ilídio Pinho, Salvador Caetano, Teixeira Duarte, entre outros, constituíam uma sociedade anónima para o lançamento de uma instituição financeira com capital 100% privado, correspondendo ao apelo do então primeiro-ministro, Mário Soares, que desafiou os quadros portugueses que trabalhavam fora do País a regressar e a investir.
Precisamente o nome de Mário Soares foi invocado numa mensagem enviada pelo CEO do Millennium BCP nesta quarta-feira a todos os colaboradores. Miguel Maya escreve que “Mário Soares, primeiro-ministro (demissionário) à data, salientou na sua intervenção realizada na cerimónia da constituição do Banco, cito: “É com alegria que vejo um grupo de empresários abalançarem-se num projeto de tão grande importância para o futuro de Portugal”. A importância do BCP para a economia portuguesa confirmou-se. Assim foi, assim está a ser, assim continuará a ser, pois estamos determinados em dar continuidade ao legado que milhares de profissionais edificaram ao longo destas quatro décadas”.
Sem esquecer o fundador e presidente do banco durante 20 anos, Jorge Jardim Gonçalves, o atual líder do Millennium BCP recorda que “ao longo destas quatro décadas crescemos por via orgânica e através de aquisições de prestigiadas marcas. Vivemos momentos bons e outros menos positivos, alguns mesmo muito desafiantes, como sucede com todas as organizações que perduram no tempo, atravessam múltiplos ciclos económicos e atuam em setores críticos para o desenvolvimento económico e social”.
Os altos e baixos do maior banco privado português são recordados por Miguel Maya, que deixa uma palavra de apreço aos “acionistas que investiram e investem em nós, desde logo aos 205 acionistas fundadores e aos mais de 120.000 acionistas que o BCP atualmente tem, com destaque para a Fosun e para a Sonangol. A todos eles agradecemos por acreditarem na nossa capacidade para criar valor, gerar e partilhar prosperidade, respeitando os sólidos valores que pautam a nossa cultura empresarial e enquadram as nossas atuações”.
O atual CEO destaca ainda o papel do seu antecessor, Nuno Amado, ao referir a sua atuação “no âmbito do processo de recuperação, normalização e agora de crescimento do Banco, quer na qualidade de CEO quer posteriormente como Chairman, pois teve um papel central em diversos momentos muito marcantes da vida do Banco, dos quais todos temos memória”.
Agradece a todos os colaboradores do banco, atuais e passados, e fala do futuro da instituição com o base no Plano Estratégico Valorizar, elaborado este ano e que marca “um novo capítulo da vida do BCP, no qual fica expressa a nossa ambição e determinação em servir mais e ainda melhor os clientes, em atrair e valorizar mais os trabalhadores que se destacam pelo seu talento e compromisso e em remunerar adequadamente e regularmente o investimento dos nossos Acionistas”.