
Dezenas de imigrantes, na maioria angolanos, aguardam há dias a validação dos seus documentos na Direcção Geral dos Assuntos Consulares, em Lisboa, junto à qual várias pessoas têm dormido na rua, em cima de cartões, para assegurar o atendimento.
Cansados e com ar abatido, alguns com almofadas debaixo dos braços, estes imigrantes improvisam listas e aguardam no jardim em frente àquele serviço do Ministério dos Negócios Estrangeiros, que tem atendido cerca de 60 pessoas por dia.
Os imigrantes trazem papéis para validar, no âmbito do processo de legalização, que exige agora o registo criminal para a renovação da autorização de residência e a permanência em Portugal.
Estes imigrantes são maioritariamente angolanos porque os serviços consulares angolanos em Portugal não disponibilizam este serviço, ao contrário do que acontece com outras representações diplomáticas.
Uma das razões da fila de espera engrossar substancialmente nos últimos dias é a transição para o dia seguinte dos que não conseguem ser atendidos.
Muitas pessoas com crianças pequenas ou outros motivos prioritários também vão passando à frente, deixando imóvel a fila por vários períodos.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros, diz a Lusa, alargou o horário de atendimento nesta Terça-feira, que desde então encerra às 16:00 e não às 15:00, além de ter reforçado o serviço com mais meios humanos no atendimento.