As exportações diminuíram 5,7% e as importações aumentaram 2,4% em abril, em termos homólogos, segundo a estimativa rápida do comércio internacional de bens do INE.

Com esta evolução, o défice da balança comercial de bens agravou-se em 614 milhões de euros, face ao mesmo mês de 2024, atingindo os 3.018 milhões de euros em abril de 2025.

Segundo o INE, os combustíveis e lubrificantes explicaram grande parte do decréscimo das exportações de abril, tendo-se registado uma "diminuição expressiva nas transações desta categoria de produtos".

As exportações de combustíveis e lubrificantes caíram 32,9%, afetadas por um efeito base bem como pela diminuição dos preços desta categoria de produtos (-13,4%).

No que diz respeito aos países parceiros, registou-se em abril uma diminuição das exportações para a Espanha (-3,1%), maioritariamente fornecimentos industriais (-8,7%), para os Países Baixos (-15,6%), essencialmente, combustíveis e lubrificantes (-65,8%) e fornecimentos industriais (-22,2%), e para Itália (-9,5%) com a diminuição do material de transporte (-36,3%).

Excluindo combustíveis e lubrificantes, o decréscimo das exportações foi de 3,0%, o que compara com uma subida de 0,3%, em março.

Apesar desta queda em abril, em termos acumulados no ano, as exportações aumentaram 4,0% no 1.º quadrimestre de 2025, face ao mesmo período de 2024.

"No entanto, quando excluídas as transações sem transferência de propriedade (TTE), as exportações registaram um decréscimo de 1,5% nestes primeiros quatro meses do ano (+0,1% no período homólogo de 2024)", indica o INE.

Já nas importações, destacaram-se os aumentos das compras de fornecimentos industriais (+13,0%), maioritariamente produtos químicos importados da Irlanda com vista a trabalho por encomenda (sem transferência de propriedade), segundo explica o INE.

"Em sentido contrário, destaca-se a diminuição nas importações de combustíveis e lubrificantes (-22,5%), maioritariamente de óleos brutos de petróleo, em certa medida também em resultado da diminuição dos preços destes produtos (-7,6%)", acrescenta o gabinete de estatísticas.