
O Banco Nacional de Angola (BNA) quer reduzir as assimetrias geográficas no acesso aos caixas automáticos, expandir e melhorar o acesso aos produtos serviços financeiros, devido à maior procura pelos cidadãos, assim como a insuficiência de caixas automáticos a nível do país.
A meta consta do novo Programa de Alargamento da Rede de Caixas Automáticos, apresentado esta Sexta-feira, em Luanda, pela directora de Pagamentos e Caixas Automáticos do BNA, Cristina Caniço.
O novo programa, que prevê a instalação de 122 novos terminais em várias províncias do país, segundo a directora, visa igualmente dar maior conveniência a realização das transações bancárias, especialmente nos terminais de pagamentos, reduzir a dependência das agências físicas.
“Isso vai permitir os bancos reduzir os custos operacionais que têm em implementar as referidas agências”, disse.
Cristina Caniço lembrou ainda que o programa piloto foi lançado em 2023, no município de Viana, tendo terminado em 2024.
“Aderiram seis instituições financeiras e foram instalados 69 caixas automáticos. O programa atingiu cerca de 60% dos objectivos traçados”,
A responsável avançou que o Banco Nacional de Angola decidiu alargar o programa, abrangendo novamente o município de Viana, Cacuaco, província do Icolo-Bengo e em 38 municípios.
Já o governador do BNA, Tiago Dias, afirmou que a preferência dos cidadãos pela liquidez decorre do contexto informal da economia angolana, da assimetria de distribuição de caixas automáticas, assim como da concentração do pagamento de salários no final do mês, fatores que contribuem para a aglomeração de consumidores bancários nestes terminais.
Tiago Dias disse que os dados da Emis, empresa que gere a rede de Multicaixa [Multibanco], indicam que no mês passado foram levantados nas caixas automáticas 448 mil milhões de kwanzas (430,1 milhões de euros).
“As transferências bancárias no mesmo período cifraram-se em 607 mil milhões de kwanzas (582,8 milhões de euros) e os pagamentos de serviços diversos em 82 mil milhões de kwanzas (78,7 milhões de euros), ao passo que o valor de pagamentos ao Estado, através do RUPE [Referência Única de Pagamento ao Estado], foi de cerca de 40 mil milhões de kwanzas (38,4 milhões de euros)”, referiu Tiago Dias.