
Victoria Ribeiro é uma das portuguesas na segunda ronda do importante Sand Series de Matosinhos, considerado um Grand Slam do ténis de praia. A jogadora de 22 anos compete ao lado de Aleksandra Kovalov e bateu a amiga (e melhor portuguesa de sempre no ranking) Marta Magalhães e a sua própria treinadora, Liudmila Nikoian, num desfecho que considerou especial.
"Foi um dia animado! Tivemos a primeira ronda contra a Marta Magalhães, que é uma colega da Seleção e também é uma amiga. Já nos conhecemos muito bem em campo. E depois a Ludmila, que é a minha treinadora, nunca é fácil jogar contra uma treinadora. Sabe do que gosto e não gosto, mas também sei dela. É muito importante abstrairmo-nos disso quando entramos em campo. Caso contrário, pode tornar-se num fator psicológico que faz toda a diferença. Não podemos pensar muito em quem está do outro lado. Há boa energia entre nós e sabia que ia haver fairplay em campo. Foi dar o máximo e seguir", começou por afirmar.
Fã de Novak Djokovic, Victoria Ribeiro até passou pelo ténis... mas a outra modalidade de raquetas não a convenceu. "Houve uma altura em que ainda joguei ténis, mas nunca gostei. Fui um bocado obrigada, mas não achava piada e desisti. Depois, comecei a jogar ténis de praia há sete ou oito anos. Ainda pensei em ir para o voleibol, porque o meu pai também jogava e eu gostava de voleibol de praia. Só que, numa tarde, em Carcavelos, comecei por brincadeira e gostei muito. É um lifestyle e apaixonei-me completamente. Estar na praia, com música, as pessoas. Há ambiente de competição, mas é uma competitividade diferente. Fui jogando mais, no início de brincadeira e agora já não é", acrescentou.
Além de elogiar o crescimento do ténis de praia nos últimos anos em Portugal, Victoria Ribeiro destaca a aposta da Federação Portuguesa de Ténis e não esconde a ambição que tem para a carreira, embora tente focar-se no presente. "Ganhar um Sand Series são palavras muito grandes, mas é o sonho de todos os que aqui estão. E o meu não é diferente. Mas estou mais focada no presente, em fazer o meu caminho, em tentar jogar sempre cada vez melhor. Eu não vivo só disto, estudo e trabalho. É um complemento, um hobby que adoro. E que quanto mais presente puder estar na minha vida, tanto melhor", destacou.
E do que vive? Victoria Ribeiro revela o que tem sido a sua vida fora dos campos. "Acabei o meu curso, estudei Ciência Política e Relações Internacionais. Passei o último ano a fazer voluntariado, também andei a trabalhar na criação de projetos para o Erasmus. Terminei em junho o contrato e, em setembro, começo o meu mestrado em Barcelona. Também sou metade espanhola", revelou.