A Seleção Nacional feminina iniciou, este sábado, a preparação para as duas últimas jornadas do grupo A3 da Liga das Nações e Carolina Mendes deu o mote para o arranque do estágio lembrando que os adversários – a Inglaterra, que defronta no próximo dia 30, a Bélgica, com a qual medirá forças três dias depois, e também a Espanha, que lidera o grupo - «dispensam apresentações» e que o pesado resultado sofrido em solo espanhol (7-1) ficou para trás.

«São jogos, não é? Acabámos por jogar com a Espanha duas vezes na mesma semana e foram dois resultados completamente diferentes. Obviamente que este último jogo foi muito pesado para nós e temos consciência disso, não é o caminho que queremos e para onde nós queremos ir, mas também faz parte do nosso crescimento enquanto grupo e seleção feminina. Percebemos também o que temos de melhorar, direcionar para onde queremos ir e queremos estar», reagiu a experiente atacante lusa.

Carolina Mendes assegura não terem restado resquícios ou traumas sobre esse resultado adverso e aponta a um caminho já construído, que não se alterará em função de um resultado isolado. «Sabemos que todos os jogos da Liga das Nações A são jogos super competitivos, com as melhores seleções que existem e, portanto, não pode ser um jogo que vai destruir tudo o que nós fizemos, nem nos vai mudar. Penso que as coisas não vão mudar muito», antevê a atleta de 37 anos.

A futebolista que representa o Racing Power promete uma equipa portuguesa ao seu melhor nível e competitiva, a começar já pelo embate com a poderosa Inglaterra, campeã europeia em título, em Wembley. «Vamos ser fiéis a nós, seguir o nosso caminho, respeitar sempre os adversários, a sermos humildes e, seguramente, se cumprimos com o que estiver estipulado, acho que poderemos ser muito felizes no final», projetou.

Enquanto uma das jogadoras mais experientes da equipa – pode igualar Sílvia Rebelo, com 124 internacionalizações, se participar numa das partidas, e tornar-se a sétima jogadora com mais participações de sempre se defrontar inglesas e belgas, com 125 partidas – a avançada deu as boas-vindas a Carolina Correia e Samara Lino, ambas do Torreense e em estreia na equipa nacional. «Há que fazê-las sentir-se bem e, claro, elas jogarem o que sabem», desejou.

«Ainda não tive grande oportunidade de estar com elas porque nós só nos juntámos agora, mas como uma das mais velhas o que lhes posso dizer é que se estão aqui neste grupo e se foram chamadas é porque seguramente têm qualidade para isso e que se divirtam ao máximo. A seleção feminina acolhe muito bem as jogadoras, seja na primeira vez que vêm ou as que não costumam vir tantas vezes, acolhemo-las muito bem e quero que elas desfrutem e aproveitem o momento», garantiu.