
Na mesma entrevista que concedeu ao portal sueco Fotbollskanalen, onde divulgou que a comitiva axadrezada teve de sair de Arouca com escolta policial e foi atingida por pedras, depois da ira dos adeptos axadrezados relativamente à descida de divisão, Stuart Baxter falou também do seu futuro no Bessa, assumindo que a hipótese e continuar como treinador do Boavista continua de pé.
"Ainda estamos discutir isso. É um pouco delicado porque o clube quer que eu fique e eu quero ficar, mas agora tem de haver longas negociações porque todas as despesas têm e ser analisadas, incluindo com treinadores", divulgou, referindo-se de alguma forma também ao PER (Plano de Recuperação Económica) que a SAD do Boavista tem de cumprir para se manter a funcionar normalmente, dentro do que está estipulado por esse plano.
"Eles querem e eu quero ficar para tentar concretizar o projeto. Acho tudo muito interessante, mas todas as peças precisam de se encaixar. As conversas continuam e os pontos de interrogação precisam de ser bem esclarecidos. Todo mundo quer que eu fique. O dono quer e os jogadores também querem. Pode ser um projeto interessante, mas vamos ver", registou ainda o experiente treinador e 71 anos, assumindo algumas dúvidas no desfecho das negociações, principalmente porque falta perceber com que jogadores conta para a nova época, uma vez que 20 dos que concluíram a época estão em final e contrato e muitos já assumiram o adeus definitivo ao clube do Bessa, como sucedeu nos últimos dias com Miguel Reisinho e Seba Pérez. Dos dez reforços inscritos em fevereiro, aliás, apenas o camaronês Sidoine Fogning tem vínculo com o clube até 2028.
"Você está a tentar traçar um caminho de volta e tem que começar do zero novamente", reforçou Baxter, em jeito de conclusão.
Rigor financeiro é para manter
Registe-se que a SAD liderada por Fary Faye, apurou Record, está nesta fase embrionária da formação do grupo de trabalho para a nova temporada na 2ª Liga a ponderar todas as decisões em termos financeiros, incluindo obviamente esta sobre a continuidade de Stuart Baxter.
A ideia é partir de um premissa de absoluto rigor financeiro, que é inegociável para o presidente do Conselho de Administração, pois só assim poderá haver a garantia de que todos os ordenados serão pagos a tempo e horas, conforme foi norma nesta temporada de 2024/25.