
Os cinco arguidos acusados de abusar racialmente do brasileiro Vinícius Júnior durante o embate entre o Valladolid e o Real Madrid, em dezembro de 2022, foram condenados, esta quarta-feira, pelo Tribunal Provincial de Valladolid. Os acusados viram ser-lhes aplicada uma sentença pesada e que passa a mensagem de intolerância perante este tipo de comportamentos.
Os arguidos foram punidos com um ano de prisão, inibição especial do direito de sufrágio passivo durante um ano, uma multa que pode ir dos 1.080 aos 1.620 euros e ainda a inibição especial do exercício de profissões de ensino ou de ofícios nos domínios do ensino, desporto ou lazer durante quatro anos. Para além disso, o tribunal considerou este um crime de ódio.
O episódio remonta a 30 de dezembro de 2022, quando o Real Madrid venceu na visita ao Valladolid por 0-2 e Vini Jr. terá sido abusado racialmente durante a partida. O extremo brasileiro foi substituído perto do final do desafio, ainda antes de Karim Benzema fazer o segundo golo.
Na nota emitida pela LALIGA, esta congratulou-se pelo trabalho que desenvolveu neste processo e pelo facto de ter sido a primeira vez que insultos racistas num estádio de futebol foram condenados como crime de ódio. Vale a pena ainda salientar que os condenados não vão cumprir a pena de prisão de forma efetiva, já que aceitaram duas condições para a pena ficar suspensa: não cometer qualquer crime durante três anos e não frequentar estádios de futebol onde se disputem competições oficiais pelo mesmo período.