
A final da Liga dos Campeões de África não acabou como o Mamelodi Sundowns do treinador português Miguel Cardoso tinha sonhado. Depois do empate em Pretória na primeira mão (1-1), o já campeão da África do Sul não resistiu ao ambiente escaldante no June Stadium e ao futebol ofensivo do Pyramids, acabando derrotado por 1-2, com a equipa da casa a justificar a festa que fez no final.
E a vitória no segundo jogo da final começou a ganhar forma num momento em que o Mamelodi Sundowns dividia o jogo e criava oportunidades. Mas numa bem construída jogada de ataque, a bola chegou ao flanco esquerdo e aí o cruzamento de Ramadan Sobhi é perfeito, com Mayelea não falhar.
Se a estratégia era travar todos os caminhos para a sua baliza e procurar o golo em transições rápidas, o Sundowns subiu depois de se ver em desvantagem as suas linhas, mas sem correr muitos riscos, até porque um golo levaria o jogo para prolongamento.
O Pyramids continuou a ter mais bola a procurar o golo e a final, apesar das temperaturas altíssimas no Cairo continuou a ser jogada a um ritmo alto e grande intensidade.
E a segunda parte começou com a equipa da casa a procurar o segundo golo, que poderia dar mais tranquilidade, mas aí já com a equipa de Miguel Cardoso a dominar e a chegar mais vezes a zonas de finalização. Contudo, um rápido contra-ataque deu o segundo golo ao Pyramdis.
Ahmed Samy transformou-se em herói ao marcar o segundo do Pyramids, mas a assistência de Mohamed Chibi foi decisiva. O cronómetro marcava 56 minutos e a reação do Sundowns teria de ser imediata.
E foi, a partir desse momento só uma equipa ia procurando o golo, que chegou aos 76 minutos, por Rayners.
Um momento para reforçar a esperança do Sundowns, que procurou o golo que daria o título, mas viu o Pyramids fechar todos os caminhos para a baliza e fazer a festa no Cairo.
É o primeiro título africano para uma equipa que foi fundada apenas em 2018, mas com forte investimento vai chegando ao topo.