
Foi duro, mas o primeiro objetivo está concluído. Na última jornada da fase de grupos, Portugal sabia, apenas, precisar de um empate, mas conseguiu vencer. 2-1, com necessidade de operar uma rápida reviravolta. Os sub-17 terminaram o grupo A na segunda posição, em igualdade pontual com a França, que ficou em primeiro. Para trás ficou a Alemanha e Albânia.
Perante um adversário que ainda podia sonhar com a passagem à próxima fase, a turma de Bino Mações dominou a primeira parte por completo. Ainda assim, a lista de oportunidades não é extensa. Numa das jogadas de maior interesse deste primeiro tempo, Steven Manuel, muito bem na componente individual, tirou um adversário da frente e, no momento da finalização, viu Marcello Trippel, guardião contrário, negar-lhe o golo.
Os primeiros 45 minutos estavam muito perto de se esgotar e os portugueses voltaram a ameaçar, desta feita de bola parada. Após uma falta à entrada da área, Mateus Mide cobrou direto e de forma perigosa, vendo, mais uma vez, o guarda-redes operar uma bela parada.
Com o cronómetro já a bater no segundo período, Portugal voltou a apresentar algumas dinâmicas interessantes, mas pouca fluidez no último terço do terreno. A equipa alemã, no seu 3-4-3, tentava projetar Wisdom Mike pela esquerda, de modo a criar superioridade no corredor. Os cruzamentos deste lateral chegaram a aparecer, com a muita falta de pontaria germânica a ficar evidente.
De forma consentida, os jovens lusos entregaram a iniciativa de jogo aos oponentes, começando a receber cada vez mais ameaças às suas redes. Ora, estes sinais de alarme trouxeram um dissabor. Lasse Isbruch, saído do banco, arranjou espaço nas imediações da área e atirou para um golo que não deu quaisquer hipóteses a Romário Cunha.
Este revés fez com que a seleção acordasse na partida e o tento do empate surgiu cinco minutos depois (77'). Na sequência de um canto mal aliviado pela defensiva da Alemanha, Tomás Soares, que também havia saltado do banco de suplentes, aproveitou a sobra de bola e fuzilou a baliza de Marcello Trippel.
Já perto dos 90, Portugal conseguiu consumar a reviravolta. Num contra-ataque extremamente bem orquestrado, Daniel Banjaqui foi servido por Tomás Soares e, com a baliza deserta, só teve mesmo de confirmar o tento. Assegurado o primeiro lugar, os pupilos de Bino Maçães poderão defrontar Itália ou Bélgica nas meias-finais.