
O Vitória SC mostrou-se pela primeira vez aos adeptos em 2025/26 e logo em grande estilo. Os Conquistadores golearam o Ponferradina por 10-0 num jogo muito mais acessível do que aquilo que se esperava. Luís Pinto organizou a equipa em 3-4-3, similar ao que apresentou em Tondela na temporada transata.
O Vitória SC acelerou desde cedo e os espanhóis não tiveram pernas - nem qualidade - para acompanhar o ritmo imprimido pela equipa de Luís Pinto. Ao intervalo estava 9-0 e isso diz bastante do nível de dificuldade deste primeiro teste aberto dos vimaranenses ao seu público que, como sempre, aderiu em massa.
Os destaques...
Arcanjo: Foi claramente um dos melhores em campo. Criou três dos quatro primeiros golos dos vitorianos e foi a referência a partir desde o lado direito do ataque. Jogou os primeiros 45´ minutos e mostrou que o melhor Vitória SC pode passar pelos seus pés.
Tiago Silva: Ao seu nível. O motor do meio campo do Vitória SC apontou o quarto golo com um belo livre direto - umas das suas especialidades - e foi um dos que melhor pautou o jogo e ajudou a abrir os caminhos da baliza adversária.
Nuno Santos: Um hattrick para abrir a temporada é sempre bom. Nuno Santos partiu do corredor esquerdo e fez a diferença com a sua boa relação com a baliza. Marcou com rotura nas costas da defesa, de calcanhar e de fora da área. Uma ótima exibição.
Os reforços:
Rodrigo Abascal: Foi o central à esquerda no 3-4-3 de Luís Pinto e o único reforço no onze inicial. Não teve trabalho defensivo, esteve sólido na construção e ainda marcou de cabeça, na sequência de um canto.
Juan Castillo: O guardião colombiano foi o dono da baliza nos segundos 45 minutos. Esteve tranquilo no jogo de pés e não foi obrigado a fazer qualquer defesa de relevo.
Paulo Vítor: Também entrou ao intervalo e tomou conta do lugar de Abascal à esquerda da defesa. Não foi acionado muitas vezes, quer com bola quer sem ela.
Mitrovic: Entrou à meia hora e saiu à hora de jogo. Foi um médio de ligação ao lado de Tiago Silva e Handel, mas não mostrou muita coisa de relevante. O jogo foi passando por ele e cumpriu o básico.
Lebedenko: Jogou a última meia hora, fase em que o jogo esteve mais parado. Não foi obrigado a grandes ações.
Oumar Camara: Foi outro dos que entrou à meia hora e saiu à hora de jogo. Marcou um golo e assistiu para outro, partindo da posição de ala esquerdo. Mostrou boa dinâmica pelo corredor, sem ser obrigado a qualquer trabalho defensivo.
Fábio Blanco: Jogou o segundo tempo e mostrou alguns laivos de qualidade pelo corredor esquerdo. Driblador, gosta de partir de fora para zonas interiores.
Thiago Balieiro: Teve direito a 35 minutos de jogo, como central do meio na linha de três. Mostrou audácia com bola e riscos no passe. Defensivamente não foi obrigado a praticamente nada.
Miguel Nóbrega: Foi o central da direita na segunda parte. O jogo passou pouco por ele, não mostrou grandes virtudes nem defeitos.
Os regressos...
José Bica: Foi uma das boas surpresas da partida. Lançou o primeiro golo com um bom passe e apontou o quarto. Saiu pouco depois da meia hora.
Os miúdos...
Diogo Sousa: Inaugurou o festival de golos do Vitória. Apareceu bem na área e desviou para o fundo das redes. O médio canhoto deixou boas indicações: bom de bola, seguro no passe e fez bem os equilíbrios com Tiago Silva. Jogador a observar nesta temporada, pode ser uma boa surpresa.
Dieu Michel: O avançado entrou, jogou meia hora, marcou e assistiu por duas vezes. Teve facilidades, como todos, mas deu boa conta do recado. Um ponta de lança com a área como o seu habitat natural
Rodrigo Duarte: Jogou apenas os últimos dez minutos e pouco ou nada tocou na bola.