O Benfica, através de uma carta enviada a Reinaldo Teixeira conhecida esta quarta-feira, anunciou ter suspendido o seu lugar na Liga Centralização. Ora, poucas horas depois, o FC Porto fez o mesmo e, na missiva enviada ao presidente da Liga à qual Record teve acesso, os dragões não pouparam as águias nos mais diversos temas. 

Um deles foi "a corrupção ativa e passiva", com o FC Porto a recordar o 'caso dos emails', com contornos que "revelam práticas que o próprio Presidente do Sport Lisboa e Benfica classificou como influências diretas ou indiretas na arbitragem". E lembra que "algumas dessas práticas foram judicialmente comprovadas", lamentando, porém, que na altura dos factos a SAD do Benfica não tenha acompanhado os apelos do FC Porto ou demonstrado vontade "em contribuir para uma mudança estrutural - mudança que agora, com espanto, se propõe liderar".

Na mesma carta, o FC Porto volta a pedir penas mais pesadas para os clube prevaricadores, apelando a uma "revisão profunda, adaptada à realidade atual e com visão de futuro" dos regulamentos das instituições que tutelam, regulam e organizam o futebol português. "A aplicação recorrente de sanções de reduzida gravidade, que não refletem a extensão ou gravidade dos comportamentos, transmite a ideia de permissividade institucional e afeta a imagem global da competição", consideram os azuis e brancos, exigindo que "situações como quebras de segurança nos estádios, ou agressões iminentes à integridade física de árbitros, treinadores e jogadores, não podem continuar a ser penalizadas com meras multas". Na opinião do FC Porto, aplicar atenuantes para justificar penas mais leves "apenas serve para reforçar perceções negativas", utilizando aqui, a título de exemplo, a invasão de campo de um adepto do Benfica no final do último dérbi com o Sporting para a Liga. Um episódio que o FC Porto entende que ajuda a evidenciar "de forma gritante essa incongruência".