A Federação Moçambicana de Futebol (FMF) identificou mais de 100 atletas, entre os 12 e os 23 anos, fora do país, para reforçar as seleções nacionais, anunciou esta quinta-feira o presidente do organismo, Feizal Sidat.

"Estamos a trabalhar para ir buscar mais jogadores moçambicanos que estão na diáspora (...). Entre as faixas etárias de 12 anos até aos 23 anos, temos acima de 100 atletas", disse o presidente da FMF, durante uma conferência de imprensa em Maputo, onde fez o balanço das atividades da instituição no primeiro semestre do ano.

Segundo o dirigente, os atletas foram identificados em Portugal, Itália, Alemanha, Inglaterra e Espanha, com Feizal Sidat a destacar alguns jovens moçambicanos integrados na academia do Atlético Madrid, na capital espanhola.

Reconheceu igualmente que "muitos pais" levam os filhos para as academias dos clubes europeus, sem que a FMF saiba, daí a necessidade deste levantamento: "Temos em Itália, em Portugal, na Alemanha, temos em vários cantos. Já identificámos alguns atletas em Inglaterra que têm passaporte moçambicano. Os outros pretendem jogar pela seleção moçambicana, porque têm a costela moçambicana".

O presidente da FMF garantiu que o processo de rastreio está em curso e inclui jogadores para todas os escalões de formação das seleções.

"Nós, como Federação Moçambicana de Futebol, para reforçar as nossas seleções, não só a seleção A, mas as seleções de base, estamos a fazer esse scouting para termos uma seleção que possa ombrear com qualquer seleção de África", sublinhou.

Durante a conferência, Feizal Sidat mencionou ainda que a FIFA já deu luz verde para a elegibilidade de alguns desses atletas, entre os quais o lateral Diogo Calila, de 26 anos, que joga no Santa Clara.

"É um dos atletas, já está legível para apresentar a seleção nacional. Na semana passada, recebemos a luz verde da FIFA e estão outros a caminho, como o Bruno Lameiras, o irmão dele", concluiu.