Marc Bartra recordou alguns dos principais momentos da sua carreira no programa 'Viajando con Chester', no canal 'Cuatro', acabando por falar da importância da saúde mental, um assunto tão em voga nos dias de hoje, mas que há uns anos era considerado tabu. O defesa de 34 anos, que passa por um bom momento no Betis, lembrou a este propósito a sua passagem pelo Barcelona, onde fez grande parte da formação, saindo em 2016 rumo ao Borussia Dortmund.   

"Saúde mental era algo que não se falava quando comecei. Para mim é o mais importante. Digo sempre 'dá-me saúde que o resto aparece por si'. Essa é a mentalidade que se vê em jogadores com muito talento", começou por explicar.

E neste particular, recordou a convivência com um dos melhores. "Por exemplo, o Lionel Messi. Sentávamo-nos próximo um do outro nos dias dos jogos. Teve momentos maus em campo, vi-o no balneário irritado consigo próprio, a tirar a camisola. E dizia 'que fiz, que fiz?' Depois, saía para a segunda parte e era o melhor, comia a relva. Era isto que o fazia ser o melhor, além da técnica, é saber levantar-se. Saber o que fazer com o que te está a acontecer, que solução arranjas para o problema. Ele não se faz de vítima, assume a responsabilidade. Mas para isso precisas de ser forte."  

Numa parte da conversa mais descontraída, Bartra recordou os seus primeiros tempos no balneário principal do Barcelona. "Ainda rio quando me lembro dos meus primeiros jogos. Uma vez estava a sair do balneário e o Xavi Hernández disse-me: 'fica tranquilo, se me vires só, passas-me a bola; se estiver um tipo atrás de mim, passas na mesma'."