
João Noronha Lopes apresentou esta quinta-feira a sua candidatura à presidência do Benfica. As eleições estão marcadas para outubro.
João Noronha Lopes apresentou durante esta quinta-feira a sua candidatura à presidência do Benfica. O empresário organizou um evento na Junta de Freguesia de Benfica, que contou com várias figuras do universo do clube, como Nuno Gomes (ex-futebolista), Vítor Paneira (ex-futebolista e treinador), Ricardo Araújo Pereira (humorista) ou Pedro Ribeiro (radialista).
Eis o discurso de Noronha Lopes:
«Boa tarde, Benfica. Que alegria, que banho de benfiquismo, que vontade de entrar em campo. Um agradecimento e um pedido de desculpas às centenas que ficaram lá fora e não puderam entrar por razões de segurança. Tive a oportunidade de lhes falar e dizer que o caminho começa hoje e precisamos deles».
«Esta é a verdadeira mística do Glorioso, a união que vai fazer a nossa força. Quero agradecer ao meu pai, do alto dos 91 anos nos está a ver aqui hoje. Foi com ele no estádio antigo que aprendi a ser Benfica e tive um dos maiores privilégios, de ver jogar o maior de todos, o nosso Rei Eusébio da Silva Ferreira. Obrigado, pai».
«Quero agradecer ao Manuel Vilarinho pelas suas palavras e presença. Há 25 anos quando o nosso clube estava ameaçado estive entre os que o lançaram para a presidência. Nos momento difíceis o Benfica pode contar contigo. Obrigado, presidente».
«Hoje começamos uma caminhada nova, num lugar simbólico pelo que nos orgulhamos e inspirador para o futuro que ambicionamos. É bom ver gente diferente de vários sítios do país. É esta a nossa gente, um clube do Povo que veste Portugal com as cores do Manto Sagrado».
«A caminhada não é o prolongar de 2020 nem o ajuste de contas. Sou livre, não sou empurrado por ninguém nem aguardo que os outros decidam. Estou aqui como candidato com uma enorme alegria. Apresento-me em eleições com enorme alegria e uma vontade inabalável de ajudar a construir a catedral rubra da alma do Benfica. Quero ser o vosso 35.º presidente».
«É fundamental reconhecer de onde vimos e onde estamos. O Benfica em 2025 não é o Benfica de Vieira em 2020, mas nenhum serve ao Benfica que ambicionamos ou idealizámos. Passaram cinco anos em que não deixámos de estar juntos. Estivemos juntos em Portugal e no Estrangeiro, na nossa casa, para aprovar os novos estatutos que garantem um clube mais moderno, democrático e transparente».
«Nós adeptos, estivemos com as nossas equipas em Arouca, Faro, Aves, Estoril. Abraçámos o autocarro quando chegava e embalámos a equipa. Não foi por nós que o Benfica não ganhou. Seria bom Rui Costa reconhecer isto, os sócios deram-lhe as condições ideais para fazer o melhor possível. O melhor possível deste mandato foi muito pouco. Não gostamos da cultura da derrota nem dos piores resultados da nossa história perante rivais enfraquecidos. Gestão desportiva desastrosa, ganhando menos e gastando mais e pior. Perdemos troféus, identidade e referências. A marca mais reconhecida, resume-se na frase “Bons a formar, rápidos a vender, maus a contratar”. Não nos conformamos a ver os nossos rapazes a ganhar títulos com as cores dos outros clubes e vivemos acima das possibilidades. A única estratégia da direção é tentar esconder a ausência de estratégia».
«Com o apoio da direção do Benfica, instalou-se um regime no futebol português em que o Benfica é o alvo a abater. Em vez de centralizar no Benfica a liderança do futebol português, prioriza a centralização dos direitos televisivos nociva aos nossos interesses. Os últimos quatro anos adiaram o Benfica. Tenho a esperança de ver em Rui Costa um momento de grandeza como mostrou em campo, convocando eleições antecipadas para preparar a próxima época. Apelo à marcação de uma AG Extraordinária».
«A hora da mudança está a chegar e passa por aqui. Não sou um candidato de protesto, mas de futuro que se apresenta com ambição e alegria. Oportunamente apresentaremos aos sócios os planos e rostos do futuro, discutiremos o nosso programa. Estou preparado para vencer e liderar o Benfica no dia seguinte. Tenho as ideias, a equipa e tenho muita vontade de ser presidente do Benfica. Precisamos de liderança, que defenda o Benfica com coragem e firmeza, independente, com um projeto que não muda de seis em seis meses. Precisamos de uma liderança sóbria, que lide pelo exemplo, mais preocupada em defender o Benfica que a se defender em si própria».
«Uma liderança que não esqueça que as vitórias no futebol são o motor, que o dinheiro que gerimos é vosso, dos sócios, que a melhor formação do mundo é para vencer e não vender, que o ecletismo é da nossa atualidade, não temos equipas para competir, mas para vencer. O Benfica é a maior instituição do país e mundial. Não pode ser gerida com amadorismos e amiguismos. Precisa de uma liderança experiente e dos melhores. Uma liderança corajosa, uma voz ativa e respeitada no futebol português, não recebe lições de ninguém».
«Se para defender os interesses do Benfica for preciso ir contra a corrente eu vou. Benfica acima de tudo sempre. Uma liderança que saiba recolocar os sócios no centro da vida do clube. Os sócios – seremos -sempre os donos do clube. É fundamental que a próxima direção seja firme, coesa e saiba negociar parceiros investidores da SAD».
«Precisamos de mais transparência, que não tenha receio de auditar o passado para construir o futuro. só assim graantiremos não cair nos mesmo erros. Hoje é só o começo. Começamos uma caminhada que não é minha, é de todos nós, em conjunto com todos vocês. Somos nós, todos juntos, quem vai ganhar as eleições. Não é contra ninguém, é uma camnhada com entusiasmo, esperança, alegria e muita paixão. À Benfica. O Benfica nasceu para ganhar mais do que todos os outros. Queremos um Benfica dominador, ambicioso e respeitado por tudo e todos. Queremos o mairo de Portugal, do mundo e o amor da nossa vida. É tempo de honrar os ases do passado e colocar o Benfica acima de tudo».